O Conselho Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul marcou para a terça-feira, 14, o julgamento de um processo disciplinar contra a promotora Martha Beltrame, ex-diretora do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) do MP gaúcho. O caso, que tramita há mais de um ano, apura denúncias de assédio moral e uso indevido de servidores e terceirizados para tarefas pessoais.
No curso da apuração, surgiram indícios de que uma servidora comissionada teria redigido a dissertação de mestrado da promotora, cursado na Fundação Escola Superior do Ministério Público (FMP) — o que levou à reprovação de Martha no mestrado.
Além da suspeita acadêmica, há no processo relatos de que funcionários terceirizados do Ceaf eram designados para atividades particulares da então diretora, como para fazer compras no supermercado. O relatório final da corregedoria apontou três infrações graves, passíveis de demissão.
A coluna procurou Marta Beltrame, mas ela não quis comentar o caso e disse que o processo é sigiloso. O escritório de advocacia que faz a defesa da promotora não retornou os contatos. O espaço segue aberto a manifestações.