O comércio da capital registrou uma retração no faturamento das vendas de Natal na ordem de 3,86%, comparado com o último ano. De acordo com o Sindicato dos Lojistas do Comércio de Belo Horizonte e Região (Sindilojas/BH), que realizou a sondagem, se acrescentados os efeitos da inflação, a queda real foi de 7,96%.
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Na sondagem após o Natal, 25% dos lojistas relataram aumento nas vendas, enquanto 8,33% informaram estabilidade e 66,67% apontaram queda no desempenho em relação ao feriado anterior. Na análise do Sindilojas/BH, esse resultado reflete um consumidor mais seletivo, que prioriza gastos essenciais e controla o orçamento diante de juros elevados e do alto comprometimento da renda com despesas fixas.
A pesquisa não se refere ao desempenho do e-commerce, assim como aos setores de supermercados e farmácias, que não são representados pelo sindicato. Os segmentos do comércio varejista analisados são:
- Vestuário masculino, feminino e infantil;
- Livrarias e papelarias;
- Óticas;
- Joias e semijoias;
- Perfumaria e cosméticos;
- Artigos esportivos;
- Eletrodomésticos e eletroeletrônicos;
- Calçados, bolsas e acessórios;
- Brinquedos e games;
- Cama, mesa e banho;
- Móveis, colchões e decoração;
- Lojas de variedades;
- Serviços.
De acordo com o Sindilojas/BH, mesmo os setores tradicionalmente mais aquecidos no período natalino enfrentaram pressão sobre as margens e menor volume de vendas, o que reforça a necessidade de planejamento financeiro, controle de custos e estratégias comerciais mais assertivas por parte dos lojistas.
Para os próximos meses, o Sindilojas/BH avalia que a recuperação do consumo dependerá da melhora das condições macroeconômicas, especialmente da redução da inflação, da retomada da confiança do consumidor e de um ambiente de crédito mais favorável.
Crescimento menor que a inflação
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A entidade defende a necessidade de revisões regulatórias, legais e tributárias, bem como de políticas públicas que fortaleçam o comércio, preservem a renda das famílias e promovam um ambiente econômico mais equilibrado, capaz de estimular o consumo produtivo, a geração de empregos e o desenvolvimento sustentável.
