Formada em Comunicação Integrada - Ênfase em Jornalismo, pela PUC-Minas, concluída em 2007. Iniciou sua carreira nos Diários Associados no mesmo ano, com passagem pelos jornais Diário da Tarde, Aqui, Estado de Minas e, na internet e no Portal Uai.
Matias Muniz Sabino, é aluno do Colégio Santo Agostinho desde o 1º período: "Professores são capacitados, interativos" crédito: Santo Agostinho/Divulgação
A pouco mais de dois meses do final do ano letivo, pais e comunidade escolar começam a se organizar para matricular ou rematricular alunos que ingressarão nas escolas em 2026. No Colégio Santo Agostinho, mantido pela Rede Lius Agostinianos, o processo de admissão para novos alunos já foi iniciado e contempla estudantes da educação infantil ao ensino médio.
Para estudantes do 2º ano do ensino fundamental ao ensino médio, o período começou em 1º de agosto e, para a educação infantil, as inscrições foram abertas em 21 de agosto. A renovação de matrículas para os estudantes veteranos será aberta em novembro.
Em 91 anos de história, o Santo Agostinho tem cinco unidades em Minas Gerais: duas em Belo Horizonte (nos bairros Santo Agostinho e Gutierrez), uma em Contagem (no Jardim Riacho), uma em Nova Lima (no Vale dos Cristais) e a mais recente, em Divinópolis, no Centro-Oeste mineiro, inaugurada em janeiro deste ano.
Ao todo, a instituição atende cerca de 8,3 mil alunos e conta com mais de 500 professores, além de supervisores pedagógicos, analistas de áreas do conhecimento e analistas responsáveis por cada série, psicólogos, psicopedagogos, especialistas em convivência ética e equipe pró-aluno, entre outros profissionais.
“Seguimos um cronograma semelhante ao de anos anteriores. Essa organização permite que as famílias planejem com tranquilidade o próximo ano letivo, além de garantir que o colégio possa atender à demanda de forma estruturada, mantendo a qualidade e o acolhimento", diz a diretora-geral da Rede Lius Agostinianos, responsável pelo Colégio Santo Agostinho e Unidades Socioeducacionais, Márcia Nóbrega.
Matias Muniz Sabino, de 15 anos, aluno do 9º ano do ensino fundamental, estuda no colégio desde o 1º período. O que ele mais gosta na escola são as opções para o currículo, com as atividades extracurriculares, uma forma de ter um conhecimento diversificado para a carreira profissional. “É bem importante para o nosso futuro e também é bem divertido”, comenta.
AMIZADE
O estudante destaca o ótimo relacionamento com os colegas, professores, supervisores e funcionários. “Todo ano tento fazer amigos novos. Se uma pessoa está sentindo desconforto no ambiente da sala de aula, tento ajudar e fazer amizade com ela. Os professores são capacitados, interativos, não são do tipo que só passa a matéria. Estão sempre à disposição para conversar e explicar um conteúdo que talvez você não tenha entendido.”
Matias pretende prestar vestibular para Engenharia Aeroespacial. Gosta da área de exatas, principalmente engenharia, matemática e cálculos. “Também tenho interesse pela aviação e pelo desenvolvimento de tecnologia espacial, de exploração do espaço. O plano é fazer uma faculdade no Brasil, como o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) ou a UFMG, e depois tentar mestrado ou doutorado em uma universidade como o MIT ou Harvard. Acho que a escola fornece tudo o que é importante para que a gente possa ter um futuro brilhante.”
Além do Colégio Santo Agostinho, a Rede Lius Agostinianos contempla escolas sociais e soluções educacionais: AIACOM, no Rio de Janeiro, Escola Santo Agostinho (ESA), em São Paulo, e Escola Profissionalizante Santo Agostinho (EPSA), em Belo Horizonte. São quase 2 mil crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social. “Essas unidades oferecem educação gratuita e de qualidade, reafirmando nosso compromisso com a justiça social e a promoção do bem comum”, complementa.
“No Santo Agostinho, educar é muito mais do que ensinar. É formar cidadãos conscientes, solidários, preparados para serem protagonistas de suas vidas e para serem líderes na construção de um mundo melhor”, reforça Márcia.
Letícia Palhares Pinto, quer ser aprovada em veterinária na UFMG e, por isso, começou a estudar no magnum para se preparar para o Enem Túlio Santos/EM/D.A Press
Preparação para o futuro
Atendendo alunos de 2 a 17 anos, a partir do maternal 2 até o ensino médio, o Colégio Magnum Agostiniano completou 30 anos de história em 2024, em BH. Na primeira unidade, no Nova Floresta, o Magnum Cidade Nova, são 2 mil estudantes e, desde fevereiro deste ano, a nova unidade, inaugurada no Lourdes, na Avenida João Pinheiro, próximo à Praça da Liberdade, concentra 900 alunos.
O investimento para a nova unidade, em torno de R$ 10 milhões, incluiu reforma, aquisição de mobiliário, contratação de equipe (professores, direção, gestão, segurança, entre outros), segundo o diretor-geral Germano Cord. Para veteranos e novatos, tanto no Nova Floresta quanto no Lourdes, a matrícula começou em agosto, e o processo avança até janeiro de 2026, com possibilidade de ampliação do prazo, conforme demanda.
“Antecipando o período de matrículas, percebemos o movimento de adesão para a nova unidade. Ao fim do ano, podemos ter um painel mais claro sobre vagas remanescentes, com tempo hábil para remanejamento. Tal planejamento é possível por causa das redes sociais, uma publicidade mais rápida, barata, focando em um público específico, direcionado por cada bairro, cada região, cada faixa etária”, aponta Germano. Para as famílias, continua o diretor, uma chance de avaliar propostas, considerar custos, organizar finanças, entre outros aspectos que pesam para uma melhor escolha.
Em busca de uma melhor preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Letícia Palhares Pinto, de 16 anos, deixou a escola onde estudava para entrar para o Magnum, no início de 2025. Ela ingressou na nova unidade, inaugurada neste ano, em Lourdes.
“Meu objetivo é passar na UFMG, então procurei um colégio com foco mais direcionado para o exame. Agora me sinto melhor preparada. Temos redação toda semana, tiramos dúvidas sobre as tarefas que fazemos em casa e sempre tem revisões para as provas”, diz, ela que pretende tentar uma vaga em Veterinária.
Tradição e inovação fazem a diferença
Com o pé fincado na tradição, inovação e excelência, como descreve a diretora-geral Virgínia Queiroz, a Escola Santo Tomás de Aquino (Esta) foi fundada há 71 anos na capital mineira. Ela cita como ponto forte a excelência acadêmica na formação de jovens que possam aprender de fato e ser competitivos. O foco é na educação integral com os pilares da ética e do desenvolvimento de habilidades socioemocionais, além do destaque nas atividades esportivas.
Recentemente, um grupo de estudantes da escola conquistou a medalha de ouro na final da 16ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), realizada no final de agosto pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) com alunos do 8º e 9º anos do fundamental e do ensino médio. Essa conquista poderá, inclusive, ser utilizada como bônus no vestibular de diversas universidades públicas do país.
“Nosso foco contínuo é fortalecer a qualidade pedagógica e a formação dos professores”, pontua Virgínia, que fala ainda sobre a importância da parceria e confiança com as famílias. Uma aproximação mais estreita desde 2023, com um programa específico, Família ESTA, que promove rodas de conversa com temas relevantes.
O prédio onde fica a escola, no São Bento, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, passou por recente revitalização, com reforma da fachada e espaços comuns, e a implantação de uma sala maker. Outras novidades são preparadas para 2026. O turno integral será reformulado e passará a ser 100% em inglês. Além disso, a ESTA está intensificando os esforços para estimular o intercâmbio internacional dos estudantes. No momento, 13 alunos estão envolvidos com essa atividade.
O processo seletivo para o próximo ano letivo acontece no que agora se chama miniciclos de matrícula, com datas previamente definidas. As seguintes são em 4 de outubro, 1º de novembro, 22 de novembro e 17 de dezembro. “É uma demanda que percebemos. Muitas vezes a família tem compromisso em um dia determinado. É feita a correção da prova e a família é avisada no mesmo dia. A procura está grande, para todas as séries”, diz Virgínia.
Winder almeida souza, do sinepe: "mais do que o conteúdo, a atenção está voltada para a qualidade do ensino" Sinepe-MG/Divulgação
200 mil vagas
O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino no Estado de Minas Gerais (Sinepe-MG), o professor Winder Almeida Souza, diz que, em Belo Horizonte, são cerca de 172 mil alunos na rede particular de ensino da educação básica, que compreende a faixa entre o infantil e o terceiro ano do ensino médio. São aproximadamente 200 mil vagas oferecidas todos os anos, considerando uma variação de 5%, para mais ou para menos, no índice dessa oferta, a cada ano.
Winder pontua que as escolas hoje não se restringem apenas ao conteúdo convencional. O foco na construção socioemocional dos educandos adquire evidência, em um cenário em que a tecnologia, com robótica, programação e cultura maker, têm lugar de destaque. “Os alunos têm à disposição soluções que contemplam esses e outros âmbitos. Mais que o conteúdo, seja um perfil de vanguarda ou não, a atenção está voltada para a qualidade do ensino”, afirma.
Winder aponta a tendência da maioria das escolas particulares da capital mineira de antecipação da matrícula e rematrícula dos alunos. “O que acontecia geralmente entre novembro e dezembro já começa a se estabelecer em agosto, ou mesmo antes. A escola quer se programar para o ano seguinte, saber a possível quantidade de alunos, selecionar os professores, saber o que precisa de material para a estrutura da escola, como dispor o espaço físico. Facilita o planejamento”, acrescenta.
Da perspectiva das famílias, consegue arcar com os custos de uma maneira mais leve, lembrando que dezembro e janeiro são meses geralmente de muitas despesas. “Pode parcelar o pagamento, e também não tem prejuízo se resolver por outra escola antes de começar as aulas. Até 31 de janeiro a escola ainda devolve o dinheiro da matrícula”, orienta.
Com relação aos estudantes que estão prestes a ingressar no ensino superior, quando se considera as diferentes modalidades pedagógicas no contexto do ensino médio em Minas Gerais e no Brasil, o professor lembra que o suporte educacional pode apresentar distinções quanto à questão do ensino e da aprendizagem relativos a conteúdo.
“A questão é o foco em preparar os estudantes para o trabalho e a vida adulta em contextos mais pragmáticos”, diz. Segundo Winder, a maioria dos alunos se encontra no ensino médio regular, que acaba por ter uma orientação mais direcionada para o ingresso no ensino superior, e menos para a empreitada profissional.
“O esforço para preparar esses alunos, para além do conteúdo, passa por perspectivas pontuais. Quer dizer, mesmo não sendo o eixo, as novas diretrizes educacionais criadas pelos órgãos competentes, em interação com os profissionais educadores, constroem uma abordagem curricular com uma interface sempre presente entre este conteúdo e a sua aplicação na vida adulta e no trabalho”, conta.
Para os pais que ainda não se planejaram, é melhor começar a se organizar evitando que as famílias sejam surpreendidas com a falta de vagas.