O filme “Ainda Estou Aqui“, dirigido por Walter Salles, tem causado uma forte impressão nas bilheterias brasileiras e também no cenário internacional. Após o anúncio de suas três indicações ao Oscar, o longa registrou um aumento expressivo de 82% nas vendas de ingressos em comparação com a sexta-feira anterior. Este fenômeno é reflexo direto do interesse renovado do público, que se viu atraído pela possibilidade de acompanhar uma obra nacional de destaque em uma das premiações mais prestigiadas do mundo do cinema.
Com exibição em 500 salas, “Ainda Estou Aqui” lidera em público e rendimento no Brasil, destacando-se com a melhor média por sala dentro do Top 10 do país. O filme não só se consolidou durante seus três meses em cartaz, mas também se tornou o longa nacional mais bem-sucedido desde o início da pandemia. Essas conquistas ressaltam o impacto considerável que as indicações ao Oscar têm na performance de um filme em exibição.
Quais os Motivos das Indicações ao Oscar?
O longa foi agraciado com três indicações ao Oscar de 2025, incluindo a cobiçada categoria de Melhor Filme, marca inédita para uma produção brasileira. A história potente e emocional baseada na vida de Eunice Paiva, que lida com a prisão, tortura e morte de seu marido durante a ditadura militar, conferiu ao filme um peso dramático que ressoou com os críticos e a academia.
Além de Melhor Filme, “Ainda Estou Aqui” também disputa o título de Melhor Filme Internacional, feito não alcançado por um filme brasileiro desde “Central do Brasil”, há 26 anos. A atriz Fernanda Torres, com uma atuação impressionante, tem a chance de repetir a história da mãe, Fernanda Montenegro, ao ser indicada na categoria de Melhor Atriz. Esta conexão entre gerações sublinha a relevância e a continuidade do cinema brasileiro no panorama internacional.
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Fernanda Torres e o Legado Familiar no Cinema
A indicação de Fernanda Torres ao Oscar de Melhor Atriz remete às realizações de sua mãe, Fernanda Montenegro, que recebeu a mesma homenagem há 26 anos. Este paralelismo entre mãe e filha não apenas evidencia o talento individual de cada uma, mas também realça o impacto duradouro que a família possui na indústria cinematográfica brasileira.
A performance de Torres no papel principal não passou despercebida, tendo já garantido o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Drama. A conexão emocional e a entrega por parte da atriz são elementos que capturam a essência do filme e contribuem significativamente para seu sucesso tanto dentro quanto fora do Brasil.
Expansão Internacional e superação de barreiras
O filme de Walter Salles não apenas ressoou em nível nacional, mas também ultrapassou fronteiras e encontrou reconhecimento em territórios além-mar. Nos Estados Unidos, “Ainda Estou Aqui” teve uma estreia limitada, dominando a média de arrecadação por sala em cidades como Nova York e Los Angeles. Europeus também se tornaram parte integral do sucesso do longa, com atenções voltadas para as estreias bem-sucedidas em países como França e Portugal, e futuros lançamentos previstos para Itália, Espanha e Inglaterra.
Essa expansão ressalta a capacidade do cinema brasileiro de dialogar com uma audiência global, sustentada por narrativas poderosas e atuações memoráveis. O sucesso contínuo de “Ainda Estou Aqui” tanto em casa quanto internacionalmente firma-o como um marco significativo na trajetória do cinema nacional, destacando a habilidade do Brasil de contar histórias universais com apelo emocional e social.