Extraordinário é daqueles filmes que a gente assiste e fica pensando nele por dias. O longa de Stephen Chbosky, que chegou aos cinemas em 2017, conta a história de August Pullman, um menino que tem uma aparência diferente por causa de uma condição genética. Baseado no livro de R.J. Palacio, o filme vai muito além de uma simples adaptação e se torna uma lição de vida.
A história de Auggie não é só sobre um garoto com uma face diferente. É sobre como todos nós lidamos com aquilo que nos torna únicos. O filme consegue mostrar que ser diferente não é um defeito, é só uma parte de quem somos. E isso faz toda a diferença na forma como a gente vê o mundo e as pessoas ao nosso redor.
Como a entrada na escola muda tudo para Auggie?
Depois de anos estudando em casa com a mãe, Auggie finalmente vai para uma escola de verdade. Imagina só a ansiedade que deve ter sido? O garoto, que sempre ficou protegido em casa, de repente precisa enfrentar olhares curiosos, comentários maldosos e a dificuldade de fazer amigos quando você se sente diferente de todo mundo.
A escola se torna um campo de batalha emocional para Auggie. Ele precisa aprender a lidar com o bullying, mas também descobre que existem pessoas boas dispostas a conhecê-lo de verdade. O diretor da escola, interpretado por Mandy Patinkin, vira uma figura importante nessa jornada, criando um ambiente onde Auggie pode mostrar quem realmente é por dentro.
Quais lições o filme nos ensina sobre família?
Uma das coisas mais bonitas de Extraordinário é como ele mostra que as dificuldades de uma pessoa afetam toda a família. A mãe de Auggie, vivida por Julia Roberts, praticamente parou sua vida para cuidar do filho. Mas o filme também não esquece da irmã Olivia, que às vezes se sente esquecida no meio de toda atenção que o irmão precisa.
A família Pullman é real e imperfeita, como todas as famílias são. Eles brigam, se reconciliam, se apoiam e crescem juntos. O filme mostra que amor familiar não é só carinho, é também fazer sacrifícios e entender que cada um tem suas próprias batalhas para enfrentar. A perda da avó, que era o porto seguro de Olivia, adiciona uma camada extra de emoção à história.
Por que Jacob Tremblay fez toda a diferença no filme?
Jacob Tremblay estava com apenas 11 anos quando fez Extraordinário, mas sua atuação é de dar arrepios. Ele consegue transmitir toda a complexidade de um menino que quer ser tratado como qualquer criança, mas sabe que sua aparência chama atenção por motivos que ele não escolheu. É uma interpretação sensível e verdadeira.
O que impressiona é como Tremblay consegue mostrar a força e a vulnerabilidade de Auggie ao mesmo tempo. Ele não faz o personagem como uma vítima que só desperta pena. Pelo contrário, Auggie é engraçado, inteligente e tem personalidade própria. Essa naturalidade na atuação é o que torna o filme tão emocionante e autêntico.
Qual o poder transformador da bondade mostrado no filme?
Extraordinário prova que pequenos gestos de bondade podem mudar completamente a vida de alguém. Quando outros alunos começam a tratar Auggie com gentileza, não por pena, mas por genuína amizade, toda a dinâmica da escola muda. O filme mostra que ser legal com os outros não custa nada, mas pode significar tudo para quem recebe.
A mensagem central do filme é simples, mas poderosa: todos nós enfrentamos batalhas que os outros não conseguem ver. Auggie tem uma diferença física óbvia, mas cada personagem da história tem suas próprias inseguranças e medos. Quando a gente entende isso, fica mais fácil ser gentil e compreensivo com todo mundo. É essa universalidade que faz Extraordinário tocar o coração de qualquer pessoa, independente da idade.