Uma parceria que pode mexer com o mercado brasileiro está sendo cozinhada nos bastidores. A Renault e a chinesa Geely estão conversando para fabricar carros juntas aqui no Brasil. A ideia é usar a fábrica da Renault em São José dos Pinhais, no Paraná.
Por enquanto, nenhuma das duas empresas confirmou nada oficialmente. Mas as fontes garantem que as conversas estão bem avançadas. Se rolar mesmo, pode ser mais uma revolução chinesa no mercado automotivo brasileiro.
Que tipo de carro seria produzido?
Ainda não sabemos se seriam carros elétricos, híbridos ou tradicionais. A Geely é forte em carros elétricos na China, mas a fábrica da Renault aqui não está preparada para fazer esses modelos ainda.
O Geely EX5 é um dos carros elétricos que podem chegar primeiro, mas provavelmente seria importado no começo. Outro modelo interessante é o Geome Xingyuan, um carro elétrico urbano que poderia brigar diretamente com o BYD Dolphin.
Como essa parceria funcionaria na prática?
A ideia seguiria o mesmo modelo de outras parcerias que já acontecem no Brasil. A Stellantis se juntou com a Leapmotor e a GM fez parceria com a Baojun. São formas das chinesas entrarem rapidamente no mercado brasileiro.
A Renault seria como uma porta de entrada para a Geely. Em troca, a marca francesa ganharia acesso à tecnologia chinesa de carros elétricos. Todo mundo sai ganhando nessa história.
Qual seria a fatia de cada empresa?
Segundo as informações que vazaram, a Geely ficaria com 34% da Renault do Brasil. É o mesmo percentual que a empresa chinesa tem na Coreia do Sul. A Renault manteria o controle, mas com um sócio poderoso.
A Renault só disse que as duas empresas estão conversando sobre oportunidades. Não deu detalhes sobre nada concreto. É aquela diplomacia corporativa de sempre.
Por que essa parceria faz sentido?
Para a Geely, é uma forma rápida de entrar no mercado brasileiro sem precisar construir fábrica do zero. Usar a estrutura da Renault economiza tempo e dinheiro.
Para a Renault, é chance de se modernizar e entrar de vez no mundo dos carros elétricos. A tecnologia chinesa pode dar o empurrão que a marca precisa para competir com BYD e outras marcas que chegaram recentemente.
O que isso muda para quem vai comprar carro?

Se a parceria rolar mesmo, vamos ter mais opções de carros elétricos no mercado. Mais concorrência significa preços melhores para o consumidor. E carros com tecnologia mais avançada também.
A Geely já tem experiência com marcas como Volvo e Zeekr. Sabe como fazer carros de qualidade. Juntar isso com a tradição da Renault no Brasil pode dar certo.
E as motos, a Geely tem planos?
A Geely tem algumas marcas de motos na China, mas o foco principal são os carros. No Brasil, outras empresas chinesas estão dominando o mercado de motos elétricas, como Shineray e Voltz.
Mas não seria surpresa se, no futuro, a parceria se estendesse para motos também. O mercado brasileiro de duas rodas é gigante e as empresas chinesas adoram esse tipo de oportunidade.