Em 2025, o salário mínimo no Brasil foi estabelecido em R$ 1.518, representando um aumento de R$ 106 em relação ao ano anterior. Este reajuste é resultado de uma política de valorização que considera a inflação acumulada e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). A fórmula adotada busca assegurar que o salário mínimo mantenha seu poder de compra e contribua para a economia do país.
O novo valor começou a ser pago em fevereiro de 2025, com base nos expedientes de janeiro. A inflação utilizada para o cálculo foi de 4,84%, enquanto o crescimento do PIB de 2023 foi de 2,5%, totalizando um reajuste de 7,5%. Este aumento tem implicações diretas não apenas para os trabalhadores, mas também para a economia em geral.
Como o Salário Mínimo é calculado?
A política de valorização do salário mínimo é guiada pela Lei nº 14.663/2023. O cálculo envolve a soma da inflação acumulada nos 12 meses anteriores a novembro, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), com a taxa de crescimento do PIB do segundo ano anterior, limitada a 2,5%. Este método visa garantir que o salário mínimo reflita as condições econômicas do país.
Para 2025, a inflação foi de 4,84% e o crescimento do PIB foi de 2,5%, resultando em um reajuste total de 7,5%. Este aumento é crucial para ajustar o poder de compra dos trabalhadores e mitigar os efeitos da inflação sobre o custo de vida.

Quem contribui para o INSS?
Os trabalhadores que recebem o salário mínimo estão isentos do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), mas são obrigados a contribuir para o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). A contribuição é progressiva, variando conforme a faixa salarial. Para aqueles que ganham até R$ 1.518, a alíquota é de 7,5%.
Os “segurados obrigatórios” incluem trabalhadores formais, avulsos, empregados domésticos, contribuintes individuais e segurados especiais. Além disso, existem os “segurados facultativos”, que são pessoas que optam por contribuir para garantir direitos como aposentadoria e auxílio-doença.
Quais os impactos do Salário Mínimo na economia?
O salário mínimo desempenha um papel fundamental na economia brasileira. Ele não apenas ajusta o poder de compra dos trabalhadores, mas também influencia o valor de benefícios sociais, como pensões e aposentadorias. Aproximadamente 70% dos aposentados e pensionistas recebem o valor do piso nacional.
Além disso, o salário mínimo afeta o seguro-desemprego e programas sociais como o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Este último é um auxílio pago a idosos de baixa renda e pessoas com deficiência, garantindo um mínimo de dignidade a esses grupos.
O aumento do Salário Mínimo garante o poder de compra?
Embora o aumento do salário mínimo seja uma medida positiva, ele nem sempre garante que os brasileiros tenham acesso a todas as necessidades básicas. Por exemplo, o custo médio de aluguel em São Paulo supera o valor do salário mínimo, enquanto em cidades mais baratas, como Pelotas, o aluguel é mais acessível.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo necessário para cobrir todas as despesas básicas em janeiro de 2025 seria de R$ 7.156,15. Isso demonstra que, apesar dos reajustes, o salário mínimo ainda está aquém do necessário para uma vida digna.