O Salão de Xangai 2025 foi um verdadeiro show de tecnologia automotiva, e a BYD roubou a cena com lançamentos que prometem mexer com o mercado brasileiro. A marca chinesa, que já virou queridinha por aqui com o Dolphin e outros modelos, mostrou suas cartas para os próximos anos. Entre as novidades mais esperadas estão o Denza B3, um SUV aventureiro com direito a drone no teto, e as versões renovadas do Dolphin e Song Pro. Esses carros devem chegar ao Brasil entre o final de 2025 e início de 2026.
A BYD não está brincando quando o assunto é conquistar o mundo. Só no Brasil, ela já vendeu mais de 43 mil carros elétricos em 2024, virando líder absoluta no segmento. Com mais de 100 concessionárias espalhadas pelo país e uma fábrica sendo construída em Camaçari, na Bahia, a marca chinesa está fazendo de tudo para ficar perto do consumidor brasileiro. Os lançamentos do Salão de Xangai são só mais um capítulo dessa estratégia de dominação global.
Que história é essa de SUV com drone?
O Denza B3 é sem dúvida a novidade mais curiosa da BYD para o Brasil. Esse SUV de 4,61 metros vem com uma plataforma no teto onde você pode acoplar um drone da DJI, aquela marca famosa de drones profissionais. Imagina só: você para num local bonito, tira o drone do teto do carro e faz aquelas filmagens aéreas incríveis para o Instagram. É tecnologia que parece coisa de filme, mas vai virar realidade em breve.
Além da novidade do drone, o Denza B3 não decepciona no desempenho. São dois motores elétricos que juntos entregam 416 cavalos de potência, fazendo o SUV acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 4,9 segundos. A autonomia fica em torno de 500 quilômetros, suficiente para uma boa viagem sem pressa de encontrar tomada. No Brasil, ele vai custar algo entre R$ 250 mil e R$ 300 mil, competindo com SUVs premium como Toyota Corolla Cross e Jeep Compass.
Como ficou o novo Dolphin depois da reforma?
O BYD Dolphin, que já é o carro elétrico mais vendido do Brasil, ganhou uma repaginada caprichada. A maior mudança está no visual: faróis mais modernos, para-choque redesenhado e, na traseira, bye bye para a frase “Build Your Dreams” – agora só fica a sigla BYD mesmo. Por dentro, o volante virou de três raios e a alavanca de câmbio mudou de lugar, ficando mais parecida com os carros da Mercedes-Benz.
A grande polêmica é que a famosa tela giratória foi aposentada. Aquela tela de 12,8 polegadas que rodava de horizontal para vertical virou marca registrada da BYD, mas a marca decidiu que era hora de simplificar. No lugar, chegaram outras tecnologias legais, como carregador sem fio de 50 watts e até um compartimento que funciona como geladeira. O Dolphin renovado deve manter os preços atuais, que começam em R$ 159.800, especialmente quando a produção nacional começar em Camaçari.
Quais melhorias chegaram no Song Pro?
O Song Pro, aquele SUV híbrido da BYD que tem feito sucesso por aqui, também passou pelo salão de beleza. A dianteira ganhou o design Dragon Face, que é meio que a assinatura visual dos carros mais novos da marca. Os faróis ficaram mais finos e elegantes, conectados por uma barra cromada que atravessa toda a frente do carro. O para-choque também mudou, com entradas de ar que dão um ar mais esportivo para o SUV.
O que mais chama atenção no Song Pro renovado é a quinta geração do sistema híbrido DM-i. A combinação agora usa um motor 1.5 aspirado de 100 cavalos junto com um motor elétrico de 218 cavalos, alimentado por uma bateria Blade de 18,3 kWh. Isso promete ainda mais economia de combustível e menos poluição. A chegada dessa versão atualizada ao Brasil está prevista para 2026, quando a BYD quer mostrar que híbrido pode ser mais eficiente que qualquer flex.
Por que a BYD está investindo tanto no Brasil?
O Brasil virou prioridade máxima para a BYD por vários motivos. Primeiro, o mercado de carros elétricos aqui ainda está no começo, então tem muito espaço para crescer. Segundo, nossa matriz energética é bem limpa, com muito hidroelétrica, então carro elétrico aqui faz ainda mais sentido do que em outros países. E terceiro, o brasileiro está cada vez mais ligado em sustentabilidade e tecnologia.
A construção da fábrica em Camaçari é a prova de que a BYD veio para ficar. Com capacidade para 150 mil carros por ano, ela vai produzir Dolphin, Dolphin Mini, Yuan Plus e Song Plus direto no Brasil. Isso significa preços mais baixos, peças mais fáceis de encontrar e menos tempo de espera para receber o carro. A BYD também está expandindo a rede de eletropostos pelo país, porque de nada adianta ter carro elétrico se não tem onde carregar. É uma estratégia completa para virar a marca número um de elétricos por aqui.