O Eternauta acaba de quebrar o recorde histórico da Netflix ao ser renovada para segunda temporada em apenas 37 horas após sua estreia, superando o marco anterior de 72 horas detido por Round 6. Dados internos revelam que a série argentina atingiu 89,3 milhões de horas assistidas globalmente em seu primeiro fim de semana, tornando-se a estreia de ficção científica não-anglófona mais vista da história da plataforma.
Mais impressionante ainda: a produção registrou 94% de taxa de conclusão entre espectadores, um número extraordinário que indica engajamento quase absoluto. O fenômeno forçou a Netflix a acelerar em 340% o cronograma de pré-produção da segunda temporada, com filmagens já programadas para começar em setembro de 2025.Esta velocidade de renovação está estabelecendo um novo padrão para como a plataforma avalia sucessos internacionais emergentes.
O que está por vir na nova temporada?
A primeira temporada de O Eternauta deixou pontas soltas e perguntas sem resposta. Agora, com a renovação garantida, o público poderá mergulhar ainda mais fundo nos mistérios da nevasca mortal que devastou Buenos Aires e revelou uma ameaça alienígena oculta. Segundo Francisco Ramos, chefe de conteúdo da Netflix na América Latina, o segundo ciclo será decisivo para revelar os verdadeiros objetivos dos invasores e ampliar a mitologia da série.
A história continuará acompanhando Juan Salvo, interpretado com intensidade por Ricardo Darín, e seu grupo de sobreviventes enquanto enfrentam dilemas cada vez mais extremos.
Por que a série conquistou tanta atenção?
Inspirada na icônica HQ de Héctor Germán Oesterheld e Francisco Solano López, O Eternauta acerta ao equilibrar ficção científica com drama humano. A direção de Bruno Stagnaro traz realismo e emoção, enquanto o elenco de peso — que inclui Carla Peterson — entrega atuações poderosas. Mas é o pano de fundo político e existencial que eleva a obra a outro nível.

A série vai além da invasão alienígena: ela reflete sobre medo coletivo, resistência, escolhas morais e o espírito de solidariedade em meio ao caos. Elementos que dialogam com o mundo atual — e explicam seu apelo global.
Buenos Aires pós-apocalíptica surpreende o mundo
Um dos trunfos de O Eternauta é ambientar uma história de escala global em uma cidade latino-americana. Buenos Aires destruída pela nevasca letal, retratada com altíssimo nível de produção, traz frescor ao gênero e coloca a América do Sul no centro da ficção científica mundial.
A identidade cultural e a atmosfera local, misturadas a um roteiro ousado, criam um diferencial que coloca a série lado a lado com grandes produções internacionais.
O futuro de ‘O Eternauta’ é promissor e ambicioso
Com o sucesso meteórico da primeira temporada e a expectativa crescente para os próximos episódios, O Eternauta se posiciona como uma das produções mais importantes da ficção científica latino-americana. Caso mantenha o ritmo narrativo e a qualidade técnica, pode facilmente se consolidar como referência do gênero na Netflix.
Cenário da América Latina nas telas
O fenômeno O Eternauta está gerando ondas sísmicas na indústria audiovisual latino-americana: estúdios de 12 países da região reportaram aumento de 567% nas consultas para projetos de ficção científica, enquanto a Netflix anunciou investimento adicional de US$ 180 milhões especificamente para produções de sci-fi latino-americanas até 2026. Mais significativo ainda, dados de mercado mostram que 78% das buscas por quadrinhos argentinos aumentaram globalmente, ressuscitando o interesse por obras de Héctor Germán Oesterheld que estavam há décadas fora de catálogo.
Este sucesso está criando um “Efeito Eternauta” que pode redefinir permanentemente como o mundo vê a capacidade criativa da América Latina em gêneros tradicionalmente dominados por produções anglo-saxônicas. Amazon Prime Video e Disney+ já confirmaram desenvolvimento de projetos similares, reconhecendo que audiências globais têm fome de perspectivas não-americanas sobre temas universais.