A indústria televisiva testemunhou um fenômeno sem precedentes com The Last of Us da HBO, que se tornou a primeira adaptação live-action de videogame a ser indicada ao Emmy em categorias principais, conquistando 24 indicações e levando 8 prêmios na primeira noite de premiações. A primeira temporada estabeleceu recordes históricos de audiência, com o episódio final atingindo 8,2 milhões de espectadores e um crescimento de 74% em relação à estreia.
Agora, a segunda temporada promete elevar ainda mais os padrões da série com o retorno de um elemento fundamental dos jogos da Naughty Dog: os esporos. O quinto episódio da nova temporada finalmente trouxe de volta essa ameaça microscópica que havia sido substituída por tentáculos na primeira temporada, atendendo a um dos pedidos mais frequentes dos fãs.
Nova temporada mergulha no caos de ‘Parte II’
A segunda temporada adapta os eventos do jogo The Last of Us Parte II, lançado para PlayStation 4, e será dividida em mais de uma temporada para melhor explorar sua complexa narrativa. A história avança no tempo e apresenta uma Ellie mais velha, marcada por perdas e desejos de vingança — ao mesmo tempo em que expande o universo moralmente ambíguo da franquia.
A série segue com roteiro e direção de Craig Mazin (Chernobyl) e Neil Druckmann, co-criador da franquia na Naughty Dog. O objetivo é preservar a essência emocional e brutal do game, enquanto introduz novos personagens e conflitos internos.
Novos personagens prometem reviravoltas intensas
O novo ano traz personagens icônicos dos jogos e inéditos para a TV. Destaque para Kaitlyn Dever como Abby, figura central movida por vingança. Isabela Merced interpreta Dina, par romântico de Ellie, e Young Mazino é Jesse, ex de Dina e aliado leal.
Já o grupo de Abby inclui Danny Ramirez como Manny, um soldado otimista; Tati Gabrielle como Nora, médica assombrada por traumas; Ariela Barer como Mel, jovem médica em conflito ético; e Spencer Lord como Owen, um guerreiro com alma pacífica. Jeffrey Wright também retorna como Isaac, líder implacável da facção WLF — papel que já interpretou no game.

Fãs aguardam com ansiedade o desenrolar da trama
A expectativa para o quinto episódio é altíssima, não só pela introdução dos esporos, mas também pelos conflitos emocionais que começam a explodir entre os personagens. A série aposta em sequências de ação viscerais e profundidade dramática, equilibrando elementos do gameplay com cenas cinematográficas.
Cada episódio da segunda temporada tem gerado intenso debate entre fãs nas redes, especialmente pelas diferenças — e fidelidades — em relação ao jogo. O quarto episódio, por exemplo, misturou momentos de combate com dilemas internos de Ellie, abrindo caminho para revelações mais pesadas.
Terceira temporada já foi confirmada pela HBO
A HBO confirmou oficialmente que The Last of Us terá uma terceira temporada. A segunda, por sua vez, contará com apenas sete episódios, lançados semanalmente aos domingos na plataforma Max. A estratégia é manter o público engajado e o buzz constante até o último capítulo.
Com um elenco de peso, ambientação cada vez mais fiel aos jogos e um enredo que mistura ação, tragédia e humanidade, a série promete consolidar-se como uma das melhores adaptações de games da história da televisão.
O que diferencia esta adaptação de outras tentativas de levar games para as telas?
The Last of Us estabeleceu um novo padrão para adaptações de videogames ao tratar o material original não como um roteiro a ser seguido religiosamente, mas como uma fundação sólida para construir algo novo e cinematograficamente relevante. A série conquistou reconhecimento crítico sem precedentes, tornando-se a primeira adaptação live-action de videogame a concorrer nas principais categorias do Emmy, incluindo Melhor Série de Drama.
O segredo do sucesso reside na colaboração única entre Neil Druckmann, criador dos jogos originais, e Craig Mazin, roteirista experiente conhecido por Chernobyl. Esta parceria garantiu que a essência emocional e temática dos jogos fosse preservada enquanto a narrativa era adaptada para o formato televisivo. A série não hesita em fazer mudanças significativas quando necessário, como a inclusão de personagens originais ou a reorganização de eventos, sempre priorizando o impacto emocional sobre a fidelidade literal. Com a segunda temporada explorando territórios ainda mais sombrios e moralmente ambíguos, The Last of Us continua provando que adaptações de videogames podem transcender suas origens e se tornar obras de arte televisivas genuinamente impactantes.