A partir de 5 de maio de 2025, famílias com renda de até R$ 12 mil mensais podem financiar imóveis pela nova Faixa 4 do Minha Casa, Minha Vida. A medida, regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), amplia o programa habitacional para a classe média, um público até então excluído do benefício.
A operação é liderada pela Caixa Econômica Federal, que agora oferece juros competitivos e prazos longos para quem deseja sair do aluguel e conquistar a casa própria.
Financiamentos chegam a 80% do valor do imóvel
A nova Faixa 4 permite financiar até 80% do valor de imóveis novos, com teto de R$ 500 mil. O prazo máximo é de 420 meses (35 anos), com juros nominais de 10% ao ano. Para imóveis usados, o percentual financiado varia: 60% nas regiões Sul e Sudeste, e 80% nas demais regiões.
Essa nova estrutura busca facilitar o acesso ao crédito para famílias que, mesmo com renda acima das faixas tradicionais, enfrentavam dificuldades para financiar imóveis com condições acessíveis.
De onde vêm os recursos da nova faixa?
Diferente das demais categorias, a Faixa 4 não depende exclusivamente do FGTS. O financiamento usa parte dos rendimentos do fundo, mas também conta com recursos próprios dos bancos, como a poupança e as Letras de Crédito Imobiliário (LCI).

A diversificação das fontes tem como meta tornar o crédito habitacional mais acessível e dinamizar o mercado imobiliário, sem comprometer os recursos destinados às faixas mais baixas.
Veja como ficam as faixas 1 a 3 em 2025
Além da Faixa 4, o programa mantém as três categorias já existentes, com ajustes recentes:
- Faixa 1: renda de até R$ 2.850, com subsídio de até 95% do valor do imóvel.
- Faixa 2: renda de R$ 2.850,01 a R$ 4.700, com subsídio de até R$ 55 mil e juros reduzidos.
- Faixa 3: renda de R$ 4.700,01 a R$ 8.600, sem subsídios, mas com juros de 8,16% ao ano + TR; cotistas do FGTS pagam 7,66%.
Com essas reformulações, o programa amplia o alcance e ajusta as condições de acordo com a capacidade de pagamento de cada grupo.
Programa promete aquecer mercado e gerar empregos
A criação da Faixa 4 é vista como uma resposta à demanda reprimida da classe média, oferecendo condições mais realistas e sustentáveis de financiamento. A expectativa é que a medida aumente a procura por imóveis, impulsione a construção civil e ajude a movimentar a economia nacional.
Se bem conduzido, o novo Minha Casa, Minha Vida pode se tornar um divisor de águas na política habitacional do país — com impacto direto na qualidade de vida de milhões de brasileiros.