Em 2024, o rendimento médio mensal das famílias beneficiadas pelo Bolsa Família em Mato Grosso do Sul foi menos da metade daquele recebido por famílias fora do programa. Segundo a PNAD Contínua, do IBGE, os domicílios com o benefício registraram média de R$ 843, enquanto os demais atingiram R$ 2.372 per capita. A disparidade revela o papel central das transferências de renda na redução da desigualdade.
Apesar do valor modesto, Mato Grosso do Sul figura como o sexto estado com maior média entre os beneficiários. Mato Grosso lidera com R$ 968, enquanto Pernambuco e Ceará têm os menores valores, com R$ 596 e R$ 597, respectivamente.
Como o Bolsa Família muda a realidade de milhares
Criado para combater a pobreza extrema, o Bolsa Família é mais do que um auxílio: é um alicerce econômico para milhões de brasileiros. Em sua versão atualizada, o programa inclui uma série de benefícios complementares que ajustam os valores conforme o perfil familiar. O Benefício de Renda de Cidadania, por exemplo, garante R$ 142 por pessoa, enquanto o Complementar assegura um mínimo de R$ 600 por lar.
Outros adicionais, como o Primeira Infância e o Variável Familiar, reforçam o apoio a crianças e gestantes, criando um sistema de proteção que vai além da mera transferência financeira.
Quem tem direito ao novo Bolsa Família?
Para ser incluída no programa, a família precisa estar inscrita no Cadastro Único (CadÚnico) e comprovar renda per capita de até R$ 218 mensais. O processo de cadastramento ocorre nos CRAS, onde documentos como CPF ou título de eleitor são exigidos.

A seleção dos beneficiários ocorre de forma automática, mês a mês, priorizando famílias em situação de vulnerabilidade real, de acordo com os critérios técnicos do Ministério do Desenvolvimento Social.
Crescimento do programa em Mato Grosso do Sul
Com 13,2% dos domicílios recebendo o Bolsa Família em 2024, Mato Grosso do Sul alcançou o maior índice de sua história. O avanço reflete as mudanças implementadas em 2023, que tornaram o acesso ao benefício mais inclusivo.
Em 2019, antes da pandemia, a cobertura no estado era de 8,8%. No cenário nacional, o Maranhão lidera com 41,3% das casas beneficiadas, enquanto Santa Catarina tem apenas 4,4%, revelando desigualdades regionais na dependência do auxílio.
Bolsa Família segue essencial no combate à pobreza
Mais do que um programa de assistência, o Bolsa Família é um motor de transformação social. Seus efeitos ultrapassam o alívio imediato da miséria, gerando impactos na educação, saúde e desenvolvimento local.
Com constantes adaptações, o programa segue vital para o futuro do país. Sua continuidade representa um compromisso com a equidade e a justiça social, especialmente em tempos de crise e retomada econômica.