A Audi decidiu fazer algo especial para encerrar a produção da atual geração da RS6 Avant. O resultado é a versão GT, uma edição limitada que chega ao Brasil como um verdadeiro evento automotivo. São apenas 10 unidades para todo o país, retiradas de uma produção mundial de apenas 660 carros. É como ganhar na loteria, mas com quatro rodas e motor V8.
A RS6 Avant GT não é só uma perua qualquer com alguns adesivos. É o fim de uma era para a Audi. Essa é provavelmente a última vez que vamos ver um motor V8 biturbo em uma perua alemã por muito tempo. As próximas gerações vão apostar em tecnologia híbrida ou elétrica. Por isso, essa versão GT virou objeto de desejo instantâneo para colecionadores do mundo todo.
Por que esta versão GT é tão diferente das outras?
A Audi fez muito mais do que mudar algumas peças. A versão GT ganhou um motor V8 4.0 biturbo com 621 cavalos de potência, contra os 591 da versão comum. Pode parecer pouco, mas cada cavalinho conta quando você está falando de um carro que vai de 0 a 100 km/h em apenas 3,2 segundos. É mais rápido que muito carro esportivo de duas portas por aí.
O sistema de suspensão é completamente novo. Em vez da suspensão a ar tradicional, a GT usa um sistema de molas coilover ajustáveis que deixa o carro 10 milímetros mais baixo. A Audi ainda fornece uma ferramenta especial para você mesmo ajustar a dureza da suspensão. É quase como ter um carro de corrida que você pode usar para levar as crianças na escola.
Qual o segredo do visual que chama tanta atenção?

O design da RS6 Avant GT é baseado no lendário Audi 90 quattro IMSA GTO de 1989. A pintura branca Arkona White com detalhes vermelhos e cinzas não é apenas bonita, é uma homenagem à história das corridas da marca. As rodas também são brancas, criando um visual que você reconhece de longe.
Quase tudo que você vê por fora é feito de fibra de carbono. O capô, para-lamas, saias laterais e espelhos retrovisores são todos do material ultralight. A Audi até tirou os bagageiros do teto para deixar o carro mais baixo e esportivo. O resultado é um visual único que parece ter saído direto de uma pista de corrida.
Como funciona a produção artesanal deste modelo?
Depois de construída a carroceria na fábrica principal, cada RS6 Avant GT vai para uma unidade especial em Böllinger Höfe, na Alemanha. Lá, uma equipe de especialistas leva um dia inteiro para montar cada carro manualmente. É como comprar um carro feito sob medida, não uma produção em massa.
Essa atenção aos detalhes se reflete no interior também. Os bancos são revestidos em couro e Alcantara vermelho, com costuras especiais em cobre. Cada carro tem sua numeração individual gravada no console central, mostrando exatamente qual das 660 unidades você possui. É o tipo de exclusividade que dinheiro não compra… ou melhor, compra, mas por um preço bem salgado.
Quem são os sortudos que vão ter este carro no Brasil?

A Audi ainda não revelou o preço oficial da RS6 Avant GT no Brasil, mas podemos fazer algumas contas. Nos Estados Unidos, ela custa cerca de US$ 200 mil, quase R$ 1 milhão em conversão direta. Com os impostos brasileiros, é provável que passe dos R$ 1,5 milhão facilmente.
Com apenas 10 unidades disponíveis, é quase certo que todas já têm dono antes mesmo de chegar às concessionárias. Esse tipo de carro atrai colecionadores sérios, pessoas que entendem que não estão comprando apenas um meio de transporte, mas um pedaço da história automotiva. É o tipo de investimento que pode valer mais dinheiro no futuro do que na hora da compra.
O que torna este modelo tão especial para a história da Audi?
A RS6 Avant GT marca o fim da atual geração do modelo A6 e pode ser a última vez que vemos um V8 puro em uma perua da Audi. A montadora já anunciou que as próximas gerações vão apostar pesado em eletrificação. Isso torna cada uma dessas 660 unidades ainda mais valiosa.
Para quem gosta de carros, é como assistir ao fim de uma era. A RS6 Avant sempre foi especial porque conseguia ser prática e extremamente rápida ao mesmo tempo. Você pode usar para ir ao supermercado de manhã e depois levar para uma pista de corrida no fim de semana. Essa versatilidade, combinada com a potência bruta do V8, talvez não exista mais daqui alguns anos.