O Zolpidem é um medicamento amplamente utilizado para o tratamento da insônia. Classificado como um hipnótico não-benzodiazepínico, ele atua no sistema nervoso central, promovendo efeitos sedativos e ansiolíticos. A substância é indicada para uso em curto prazo, geralmente não ultrapassando 28 dias, devido aos riscos associados ao uso prolongado.
Apesar de sua popularidade, o Zolpidem é um medicamento que requer prescrição médica, dado o potencial de efeitos colaterais e a possibilidade de dependência. No Brasil, o medicamento é comercializado sob o nome de referência Stilnox, e sua venda aumentou significativamente na última década.
Quais são os efeitos colaterais do Zolpidem?
O uso do Zolpidem pode desencadear uma série de efeitos colaterais, alguns dos quais são considerados bastante incomuns. Entre os mais relatados estão as alucinações, que podem ocorrer especialmente quando o medicamento é combinado com outros fármacos, como antidepressivos. Esses episódios podem durar de uma a sete horas, dependendo do paciente.
Outro efeito notável é o comprometimento da memória, que pode levar a confusão e delírios. Estudos indicam que o uso prolongado do Zolpidem pode estar associado a um risco aumentado de desenvolver doenças como o Mal de Alzheimer, especialmente em tratamentos que excedem 28 dias.

Como o Zolpidem afeta o comportamento e o sono?
O Zolpidem pode influenciar o comportamento dos usuários, levando a episódios de sonambulismo e, em casos extremos, a comportamentos violentos. Embora não haja comprovação científica robusta que ligue diretamente o medicamento a tais comportamentos, relatos de casos em tribunais ao redor do mundo sugerem essa possibilidade.
Além disso, o medicamento pode causar sonolência excessiva, aumentando o risco de acidentes, especialmente ao dirigir. Estudos indicam que a sonolência pode persistir por até oito horas após a ingestão, o que torna a condução de veículos perigosa durante esse período.
Quem deve evitar o uso de Zolpidem?
O Zolpidem não é recomendado para todos. Pessoas com histórico de problemas respiratórios, como apneia do sono, ou condições como miastenia gravis e insuficiência hepática devem evitar o uso do medicamento. Além disso, ele não é indicado para menores de 18 anos, mulheres grávidas ou lactantes.
Para esses grupos, os médicos geralmente recomendam alternativas naturais para o tratamento da insônia, como suplementos de magnésio, chá de camomila e óleo de lavanda, que oferecem uma abordagem mais segura sem os riscos associados ao Zolpidem.
Como garantir o uso seguro do Zolpidem?
Para garantir o uso seguro do Zolpidem, é essencial seguir rigorosamente as orientações médicas. A dose comum é de um comprimido antes de dormir, não devendo ser repetida na mesma noite. Para idosos, a dose recomendada é geralmente reduzida pela metade, para minimizar o risco de dependência e efeitos adversos.
O uso do Zolpidem deve ser sempre supervisionado por um profissional de saúde, que pode ajustar a dosagem conforme necessário e avaliar a necessidade de continuar ou interromper o tratamento. A automedicação deve ser evitada, pois pode levar a complicações graves.