Stonehenge, situado na planície de Salisbury, na Inglaterra, é um dos monumentos pré-históricos mais famosos do mundo. Composto por gigantescos blocos de pedra dispostos em círculos concêntricos, sua construção e propósito têm sido alvo de especulação e estudo por séculos. As pedras, algumas pesando até 50 toneladas, desafiam a compreensão moderna sobre como povos antigos conseguiram erguê-las sem a tecnologia que conhecemos hoje.
Recentemente, novas pesquisas lançaram luz sobre a origem das pedras, especialmente a enigmática Pedra do Altar. Este megálito, que se destaca por seu tamanho e posição central, pode ter uma origem diferente das demais pedras que compõem o círculo interno do monumento. Esta descoberta abre novas possibilidades sobre as rotas de transporte e as intenções dos construtores de Stonehenge.
Como foram transportadas as pedras de Stonehenge?
A construção de Stonehenge ocorreu em várias etapas ao longo de milhares de anos. As primeiras pedras, conhecidas como “bluestones“, foram trazidas de Mynydd Preseli, no País de Gales, a mais de 200 quilômetros de distância. Este feito notável demonstra a capacidade de planejamento e execução dos povos neolíticos, que utilizaram métodos ainda não totalmente compreendidos para mover essas pedras pesadas por longas distâncias.
No entanto, a Pedra do Altar, que é a maior do conjunto, parece não compartilhar a mesma origem das bluestones. Estudos recentes indicam que sua composição mineral não corresponde ao Arenito Vermelho Antigo da região galesa, sugerindo que ela pode ter sido trazida de uma localização ainda mais distante.

De onde realmente veio a Pedra do Altar?
Pesquisadores descobriram que a Pedra do Altar contém altos níveis de barito, um mineral que não é comum nas pedras de Mynydd Preseli. Isso levou à hipótese de que ela pode ter vindo de outras partes do Reino Unido, como Cúmbria ou as ilhas escocesas de Orkney e Shetland. Essas áreas são conhecidas por seus próprios monumentos neolíticos, o que sugere que pedras podem ter sido extraídas para fins cerimoniais.
Há também indícios de que houve migrações entre Stonehenge e essas regiões durante o período em que o monumento foi construído. Isso poderia explicar como a Pedra do Altar foi integrada ao conjunto, possivelmente em uma fase posterior da construção.
O que o futuro reserva para as pesquisas sobre Stonehenge?
O mistério de Stonehenge continua a fascinar arqueólogos e historiadores. Com o avanço das tecnologias de análise, como a espectroscopia e a fluorescência de raios X, novas descobertas podem ajudar a esclarecer a origem e o propósito deste monumento impressionante. Cada nova pista adiciona uma camada de complexidade à história de Stonehenge, revelando mais sobre as capacidades e a cultura dos povos que o construíram.
Enquanto isso, Stonehenge permanece como um símbolo duradouro da engenhosidade humana, desafiando-nos a desvendar seus segredos e a entender melhor o passado distante.