O acúmulo de gordura no fígado, conhecido como doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), tem chamado atenção de profissionais de saúde em todo o mundo. Estima-se que, em 2025, cerca de um terço da população global conviva com algum grau dessa condição, tornando-se um desafio de saúde pública em diversas regiões, especialmente nas Américas e no Sudeste Asiático. A DHGNA pode se manifestar de forma silenciosa, dificultando o diagnóstico precoce e o início do tratamento adequado.
Caracterizada pelo depósito excessivo de gordura nas células do fígado, a doença hepática gordurosa não alcoólica não está relacionada ao consumo abusivo de álcool. Fatores como obesidade, diabetes tipo 2 e síndrome metabólica estão frequentemente associados ao desenvolvimento dessa condição. Em muitos casos, os sintomas são discretos ou inexistentes, mas sinais noturnos podem indicar que algo não vai bem com o fígado.
O que é a doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA)?
A DHGNA abrange um espectro de alterações hepáticas, que vão desde o simples acúmulo de gordura (esteatose hepática) até quadros mais graves, como a esteato-hepatite não alcoólica (NASH), que pode evoluir para cirrose e até câncer de fígado. O principal marcador da doença é a presença de gordura superior a 5% do peso do fígado, sem relação com o consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
Entre os fatores de risco mais comuns estão o excesso de peso, resistência à insulina, hipertensão arterial e níveis elevados de colesterol e triglicerídeos. A identificação precoce é fundamental, pois a progressão da doença pode comprometer funções essenciais do fígado, órgão responsável por processos como a desintoxicação do organismo e o metabolismo de nutrientes.

Quais são os sintomas noturnos da doença hepática gordurosa não alcoólica?
Embora muitos portadores de DHGNA não apresentem sintomas evidentes, alguns sinais podem se intensificar durante a noite. Dificuldades para dormir, sensação de desconforto abdominal no lado direito e cansaço excessivo ao anoitecer são manifestações relatadas por pessoas com a condição. Esses sintomas noturnos podem ser um alerta para investigar a saúde do fígado. Além disso, alguns estudos sugerem que distúrbios do sono, como apneia do sono, também podem ser mais prevalentes em pessoas com DHGNA, o que contribui para dificuldade de descanso reparador.
- Distúrbios do sono: a dificuldade para adormecer ou manter o sono pode estar relacionada à inflamação hepática e à alteração do metabolismo de toxinas.
- Desconforto abdominal: sensação de peso ou dor no quadrante superior direito do abdômen pode se acentuar à noite, prejudicando o descanso.
- Fadiga intensa: o cansaço que se agrava ao final do dia pode indicar que o fígado está sobrecarregado e não consegue desempenhar suas funções adequadamente.
- Inchaço nas pernas e pés: a retenção de líquidos, comum em casos avançados, pode ser mais perceptível no período noturno.
- Coceira na pele: o acúmulo de bile devido à disfunção hepática pode causar prurido, especialmente à noite.
Como identificar e lidar com os sinais de alerta?
Além dos sintomas noturnos, outros sinais podem surgir, como perda de apetite, confusão mental e até icterícia, caracterizada pelo amarelamento da pele e dos olhos. O reconhecimento desses indícios é importante para buscar avaliação médica e realizar exames específicos, como ultrassonografia abdominal e testes laboratoriais.
- Observar mudanças no padrão de sono e no apetite, principalmente durante a noite.
- Ficar atento a desconfortos abdominais persistentes ou inchaço nas extremidades.
- Procurar orientação médica ao notar sintomas como cansaço excessivo, confusão mental ou alterações na cor da pele e dos olhos.
- Realizar exames de rotina para monitorar a saúde do fígado, especialmente em pessoas com fatores de risco.
Quais medidas podem ajudar na prevenção e controle da DHGNA?
Adotar hábitos saudáveis é fundamental para prevenir e controlar a doença hepática gordurosa não alcoólica. Uma alimentação equilibrada, rica em frutas, legumes, verduras e grãos integrais, associada à prática regular de atividades físicas, contribui para a redução do acúmulo de gordura no fígado. O controle do peso corporal, da glicemia e dos níveis de colesterol também desempenha papel importante.
Evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, não fumar e manter o acompanhamento médico são atitudes recomendadas para quem busca preservar a saúde hepática. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem impedir a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida dos portadores de DHGNA.
Em 2025, com o aumento da prevalência da doença hepática gordurosa não alcoólica, a atenção aos sintomas noturnos e a adoção de um estilo de vida saudável tornam-se ainda mais relevantes. O acompanhamento profissional e a realização de exames periódicos são essenciais para garantir o funcionamento adequado do fígado e evitar complicações futuras.