Em aeroportos ao redor do mundo, é comum observar passageiros utilizando fitas, lenços ou outros adereços para identificar suas malas. Essa prática, bastante difundida, busca facilitar o reconhecimento da bagagem nas esteiras, evitando confusões e possíveis trocas. No entanto, especialistas em gestão aeroportuária têm alertado para possíveis complicações decorrentes desse hábito aparentemente inofensivo.
Apesar de parecer uma solução prática, prender objetos nas alças das malas pode interferir nos processos de triagem e segurança dos aeroportos. Funcionários responsáveis pelo manuseio de bagagens relatam que itens como fitas e laços podem dificultar a leitura automática dos sistemas de escaneamento, tornando o processo mais lento e, em alguns casos, exigindo intervenção manual.
Por que identificar a mala com fitas pode ser um problema?
O uso de fitas e lenços coloridos na bagagem despachada é visto por muitos como uma forma eficiente de evitar enganos na retirada das malas. Entretanto, segundo profissionais do setor aeroportuário, esses adereços podem atrapalhar a passagem das malas pelos equipamentos de raio-x e leitores automáticos. Quando isso ocorre, a bagagem pode ser separada para inspeção manual, aumentando o tempo de processamento e até mesmo o risco de a mala não embarcar no voo correto.
Além disso, objetos presos externamente podem se soltar durante o transporte, ficando presos em esteiras ou equipamentos, o que pode causar atrasos e danos tanto à bagagem quanto ao sistema do aeroporto. Por esse motivo, muitos aeroportos recomendam que as malas sejam despachadas sem itens pendurados ou acessórios externos desnecessários. Vale lembrar que em aeroportos de cidades grandes como São Paulo e Rio de Janeiro, onde o fluxo de passageiros é intenso, pequenos atrasos provocados por bagagens com adereços podem afetar o funcionamento de todo o terminal.

Quais são as recomendações dos funcionários de aeroportos?
Profissionais que atuam no setor de bagagens sugerem algumas medidas simples para garantir uma viagem mais tranquila e evitar problemas no check-in e na retirada das malas. Entre as principais orientações, destacam-se:
- Remover etiquetas antigas: Etiquetas de voos anteriores podem confundir os sistemas de leitura automática, levando a possíveis extravios.
- Evitar objetos presos nas alças: Fitas, lenços e cordões podem atrapalhar o escaneamento e o manuseio das malas.
- Posicionar as rodas para cima: Ao despachar a mala, colocar as rodas voltadas para cima pode ajudar a preservar o equipamento durante o transporte.
- Não transportar certos alimentos: Produtos como marzipã, devido à sua densidade, podem ser confundidos com substâncias proibidas nos equipamentos de segurança.
Como identificar a mala de forma segura?
Para quem deseja facilitar a identificação da bagagem sem comprometer a segurança ou o processamento nos aeroportos, existem alternativas recomendadas. Uma delas é o uso de etiquetas personalizadas com nome e telefone, que podem ser presas de forma discreta. Outra opção é optar por capas protetoras coloridas, que não interferem nos sistemas de leitura e ainda protegem a mala contra danos. Serviços fornecidos por empresas especializadas, como a SafeBag, também surgem como alternativas seguras e eficientes, oferecendo rastreamento por meio de QR Code ou chips RFID.
- Utilizar etiquetas resistentes e bem fixadas.
- Escolher malas de cores diferentes ou com estampas exclusivas.
- Evitar acessórios volumosos ou que possam se soltar facilmente.
- Verificar sempre se a identificação está atualizada e legível.
Vale a pena usar o truque da fita na mala?
Embora o uso de fitas para diferenciar a bagagem seja uma prática comum, os riscos associados ao atraso no processamento e possíveis danos indicam que alternativas mais seguras devem ser consideradas. Seguindo as recomendações dos profissionais do setor, é possível garantir que a mala seja facilmente reconhecida sem comprometer a eficiência e a segurança do transporte aéreo.
Com pequenas adaptações nos hábitos de viagem, como a escolha de identificadores apropriados e a atenção às orientações dos aeroportos, os passageiros podem contribuir para um embarque mais ágil e evitar transtornos desnecessários durante o trajeto. Além disso, em situações de maior movimento, como durante grandes eventos internacionais, seguir essas recomendações torna o processo ainda mais importante para evitar contratempos.