Você sente dor ao tocar nas pernas, percebe manchas roxas e muitas vezes nota uma sensação de peso ao caminhar? Esses sinais podem indicar lipedema, condição inflamatória que afeta o tecido gorduroso e o sistema linfático, e que compromete tanto a funcionalidade quanto o bem-estar. A Dra Caroline Aguiar, dermatologista com atuação clínica e científica, alerta que essa condição vai muito além da estética: ela pode limitar atividades diárias, causar desconforto intenso e evoluir com o tempo se não for tratada de maneira adequada.
Felizmente, o diagnóstico precoce e tratamentos inovadores podem transformar a qualidade de vida de quem sofre com lipedema. Na clínica da Dra Caroline, é utilizada uma plataforma chamada Nuera, que emprega radiofrequência para atuar diretamente nos tecidos afetados, promovendo redução do inchaço, melhora na circulação e alívio da dor.
O que é lipedema e como identificá-lo?
O lipedema se caracteriza por acúmulo simétrico de gordura nas pernas e braços, acompanhado de dor sensível ao toque, inchaço persistente e facilidade para o surgimento de hematomas. Costuma afetar mulheres, com início durante mudanças hormonais como puberdade, gravidez ou climatério. Ao contrário da obesidade, o lipedema não responde bem a dietas e exercícios, pois a gordura está ligada a anormalidades nos tecidos linfático e adiposo.
Com o passar do tempo, o lipedema tende a piorar, causando uma sensação de peso ao caminhar, mobilidade reduzida e desconforto físico e emocional. Reconhecer os sinais — dor ao toque, edema, equimoses e nodulações — é essencial para buscar tratamento adequado.
Por que o lipedema não deve ser tratado apenas como um problema estético?
Tratar lipedema como se fosse apenas uma questão estética pode atrasar o diagnóstico e agravar os sintomas. A condição envolve inflamação e comprometimento da circulação linfática. Ignorá-la pode levar à progressão para linfedema, quando o fluido linfático fica retido nos tecidos.

Além disso, o impacto emocional é significativo. Muitas mulheres relatam diminuição da autoestima e isolamento social por não conseguir usar roupas confortáveis ou realizar exercícios físicos. O tratamento adequado — com orientação médica, uso de radiofrequência e suporte terapêutico — ajuda a reduzir o inchaço, aliviar a dor e restaurar a mobilidade. Assim, melhora a saúde geral e a qualidade de vida.
Como a radiofrequência atua no tratamento?
A plataforma Nuera, utilizada pela Dra Caroline, emite ondas eletromagnéticas para promover aquecimento controlado nas camadas mais profundas da pele e tecido subcutâneo. Esse processo visa:
- Estimular a circulação e o sistema linfático
- Reduzir a viscosidade do líquido intersticial
- Diminuir o tamanho das células de gordura
- Melhorar a elasticidade dos tecidos e drenagem linfática
- Aliviar a dor e sensação de peso
As sessões são indolores, não invasivas e ajustadas conforme o estágio da doença. O objetivo é interromper a progressão da inflamação e promover resultados duradouros, especialmente quando associadas a orientações de dieta, atividade física e drenagem linfática.
Quando procurar avaliação médica?
Se você apresenta sintomas como dor ao toque, edema persistente, facilidade para hematomas, sensação de peso nas pernas ou manchas roxas, especialmente de forma simétrica, é essencial procurar um especialista em dermatologia ou linfologia. O diagnóstico costuma ser clínico, seguido de avaliação de possíveis tratamentos conforme o estágio da doença.
O tratamento precoce ajuda a controlar a inflamação, proteger o sistema linfático e prevenir complicações como linfedema crônico. Idealmente, deve ser parte de uma abordagem multidisciplinar — incluindo nutricionista, fisioterapeuta e médico — para promover bem-estar global.
Fontes oficiais utilizadas neste artigo
- NCBI – Overview of lipedema pathophysiology
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5554818/
Perfil oficial da especialista
Instagram da Dra Caroline Aguiar
https://www.instagram.com/dra.carolineaguiar