Em 2025, o universo pós-apocalíptico de 28 anos depois (no Brasil, Extermínio 3) retorna aos cinemas, reunindo Danny Boyle, Alex Garland e outros colaboradores essenciais do filme original. O cenário, marcado por uma pandemia devastadora e pela presença de infectados, volta a ser explorado sob uma nova perspectiva, quase um quarto de século após os eventos iniciais. A proposta do novo longa é expandir o universo criado em 2002, aprofundando temas sociais e apresentando novas ameaças dentro de um Reino Unido transformado pelo vírus da raiva.
Desde o lançamento do primeiro filme, o gênero de terror pós-pandêmico ganhou espaço significativo no entretenimento, tornando-se referência para diversas produções. A expectativa em torno do retorno dos criadores originais era alta, principalmente diante do desafio de inovar em um cenário já amplamente explorado por outras franquias. 28 anos depois busca, assim, não apenas revisitar o caos instaurado, mas também apresentar uma leitura atualizada dos medos e ansiedades contemporâneos.
Como o filme 28 anos depois amplia o universo da franquia?
O novo capítulo se passa em uma ilha isolada na costa nordeste da Inglaterra, onde uma comunidade tenta sobreviver em meio aos resquícios do colapso social. O jovem Spike, de 13 anos, vive com o pai Jamie, um dos líderes locais, e enfrenta o desafio de crescer em um ambiente hostil. A travessia para o continente, permitida apenas durante a maré baixa, representa um rito de passagem e revela as mudanças ocorridas no comportamento dos infectados ao longo dos anos.
Além dos tradicionais infectados velozes, surgem novas variantes, como os rastejantes e os chamados “ragers” enfraquecidos pela fome. A presença de criaturas mais evoluídas, conhecidas como “Alpha”, adiciona uma camada de complexidade à ameaça. O filme explora ainda elementos de horror folclórico britânico, destacando símbolos e práticas que remetem a antigas tradições, e discute o impacto psicológico de viver sob constante perigo. Entre as novidades, há menções discretas a tentativas fracassadas de comunicação com o exterior através de satélites e estações de rádio, ampliando a sensação de isolamento dos sobreviventes.
Quais temas principais são abordados em 28 anos depois?
O longa investiga questões como o nacionalismo exacerbado, a nostalgia por tempos considerados melhores e o impacto da violência na formação de uma nova geração. A busca de Spike por uma possível cura para a mãe, Isla, conduz a narrativa por territórios desconhecidos, onde mitos e realidade se misturam. O encontro com o enigmático Dr. Kelson, interpretado por Ralph Fiennes, traz à tona dilemas morais e éticos sobre sobrevivência e liderança em situações extremas.

- Relações familiares: O vínculo entre Spike, Jamie e Isla é central para a trama, evidenciando como laços afetivos são testados em ambientes de crise.
- Adaptação e evolução: As mutações do vírus e o surgimento de novas formas de infectados simbolizam a necessidade de adaptação constante.
- Sociedade e poder: A organização das comunidades sobreviventes reflete debates sobre autoridade, justiça e solidariedade.
O que diferencia 28 anos depois de outros filmes pós-apocalípticos?
Uma das características marcantes do novo filme é a escolha estética, que mantém a atmosfera crua e realista do original, mas utiliza recursos visuais atualizados para retratar um mundo em reconstrução. A trilha sonora, com referências ao primeiro longa, contribui para criar uma sensação de continuidade e pertencimento ao universo da franquia. Além disso, a introdução de novos personagens e ameaças prepara o terreno para futuras sequências, expandindo a narrativa para além de uma simples história de sobrevivência. Há também uma abordagem sutil das tentativas tecnológicas de resgatar a civilização e conexões com refugiados em outros países, sugerindo possíveis expansões futuras para fora do Reino Unido.
- Reencontro com personagens e temas clássicos da franquia.
- Exploração de novas variantes do vírus e suas consequências.
- Reflexão sobre o papel da memória e da tradição em tempos de crise.
- Abordagem de questões sociais e políticas contemporâneas.
28 anos depois demonstra que o gênero pós-apocalíptico ainda possui espaço para renovação, especialmente quando aborda não apenas o medo do desconhecido, mas também as transformações sociais e psicológicas provocadas por longos períodos de instabilidade. O filme propõe uma análise sobre como sociedades se reconstroem após grandes catástrofes e quais são os desafios enfrentados por aqueles que buscam preservar a humanidade em meio ao caos.s e abrindo espaço para narrativas inovadoras, capazes de surpreender e envolver o público em múltiplos níveis. Recentemente, o criador foi reconhecido em premiações internacionais, reafirmando o prestígio crescente do audiovisual espanhol.