A proteção à maternidade representa um conjunto de direitos assegurados às mulheres durante a gestação, o parto e o período pós-natal. Esses direitos visam garantir condições adequadas para a saúde da mãe e do bebê, além de promover a igualdade de oportunidades no ambiente de trabalho. No Brasil, a legislação trabalhista estabelece normas específicas para proteger a mulher nesse momento tão significativo.
Essa proteção é fundamental para evitar discriminação no emprego e assegurar que a mulher possa exercer seu papel materno sem prejuízos profissionais. Ao oferecer garantias como licença-maternidade, estabilidade no emprego e intervalos para amamentação, o Estado busca equilibrar as necessidades familiares e laborais, contribuindo para o bem-estar de toda a sociedade.
Como funciona a licença-maternidade no Brasil em 2025?

A licença-maternidade é um direito previsto na Constituição Federal e regulamentado pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Em 2025, a duração padrão da licença-maternidade permanece de 120 dias, podendo ser estendida para até 180 dias em empresas que aderem ao Programa Empresa Cidadã. Durante esse período, a trabalhadora tem o contrato de trabalho suspenso e recebe o salário-maternidade, pago pela Previdência Social ou pelo empregador, conforme o caso.
O benefício é concedido tanto para mulheres que dão à luz quanto para aquelas que adotam uma criança ou obtêm guarda judicial para fins de adoção. O objetivo é garantir tempo suficiente para a recuperação da mãe e a adaptação do bebê ao novo ambiente familiar, sem que haja prejuízo financeiro ou risco de perda do emprego.
Quais são as regras de estabilidade no emprego para gestantes?
A estabilidade no emprego para gestantes é uma das principais garantias da proteção à maternidade. A legislação assegura que a mulher não pode ser demitida sem justa causa desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. Essa medida busca evitar dispensas discriminatórias e garantir segurança financeira durante um período de grandes mudanças.
Mesmo em situações de contratos temporários ou de experiência, a estabilidade é mantida, conforme decisões recentes dos tribunais trabalhistas. Caso a demissão ocorra de forma irregular, a trabalhadora tem direito à reintegração ao emprego ou ao recebimento de indenização correspondente ao período de estabilidade.
Quais são os direitos relacionados à amamentação no ambiente de trabalho?
O direito à amamentação no trabalho é assegurado por meio de intervalos especiais durante a jornada. Até que o bebê complete seis meses de vida, a mãe tem direito a dois descansos diários de 30 minutos cada para amamentar. Esses intervalos são garantidos independentemente do tipo de jornada ou setor de atuação da trabalhadora.
Além dos intervalos, empresas com pelo menos 30 mulheres com mais de 16 anos de idade devem manter local apropriado para a guarda dos filhos durante o período de amamentação. Essas medidas facilitam a conciliação entre as responsabilidades profissionais e o cuidado com o recém-nascido, promovendo a saúde infantil e o vínculo materno.
Como solicitar a licença-maternidade e quais documentos são necessários?
Para solicitar a licença-maternidade, a trabalhadora deve apresentar atestado médico comprovando a gravidez e a data prevista para o parto ao empregador. Em casos de adoção, é necessário apresentar a certidão de nascimento da criança ou o termo de guarda judicial. O pedido pode ser feito a partir de 28 dias antes do parto ou imediatamente após o nascimento.
O empregador encaminha a documentação ao INSS, quando o pagamento do benefício é de responsabilidade da Previdência Social. Para servidoras públicas, o procedimento pode variar conforme o órgão. É importante manter todos os documentos atualizados para evitar atrasos na concessão do benefício e garantir o recebimento integral do salário-maternidade.
Quais são as consequências para empresas que descumprem a proteção à maternidade?
O descumprimento das normas de proteção à maternidade pode resultar em sanções administrativas, judiciais e financeiras para as empresas. Entre as penalidades estão multas aplicadas pelos órgãos de fiscalização do trabalho, além da obrigação de reintegrar a funcionária demitida de forma irregular ou pagar indenização correspondente ao período de estabilidade.
Além das consequências legais, o não cumprimento desses direitos pode afetar a reputação da empresa e gerar ações trabalhistas. Por isso, é fundamental que empregadores estejam atentos à legislação vigente e promovam um ambiente de trabalho que respeite e valorize a maternidade, contribuindo para relações laborais mais justas e equilibradas.