Em momentos de desespero ou quando parece que nada tem solução, a Dra. Ana Beatriz Barbosa, psiquiatra com mais de 6,1 milhões de seguidores no Instagram (@anabeatriz11), propõe um exercício poderoso: refletir sobre a própria morte. Longe de algo mórbido, ela defende que pensar sobre o fim da vida pode funcionar como um instrumento de avaliação — uma forma de checar se você está, de fato, vivendo com sentido.
Autora, palestrante e conhecida pelo trabalho de educação emocional, ela convida as pessoas a usarem essa perspectiva como um guia. A pergunta-chave, segundo ela, é: “Se a morte chegasse hoje, ela me encontraria feliz?”
O que significa usar a morte como bússola emocional?
Para a Dra. Ana Beatriz, a ideia não é se fixar no fim da vida com medo ou angústia, mas sim como uma ferramenta de autoanálise. Pensar na morte permite avaliar se a vida que estamos levando vale a pena.
A reflexão traz clareza sobre o que realmente importa. Em vez de se prender a problemas sem solução imediata, você passa a filtrar melhor suas ações, relações e decisões. A morte, nesse contexto, ajuda a ajustar a rota quando o caminho parece perdido.
Por que esse pensamento pode trazer alívio em momentos difíceis?
Nos dias em que tudo parece sem saída, imaginar a finitude pode colocar os problemas em perspectiva. Muitas vezes, o que hoje parece insuportável, se visto sob o olhar da brevidade da vida, perde o peso.
Esse pensamento ajuda a focar no essencial, a resgatar o presente e a buscar uma vida que faça sentido — ainda que com falhas e imperfeições. É uma forma de redirecionar a mente para o que realmente importa.
A reflexão sobre a morte pode melhorar a saúde mental?
Sim. Diversos estudos em psicologia e filosofia existencial mostram que refletir sobre a morte pode aumentar o senso de propósito, reduzir ansiedade e fortalecer a conexão com valores pessoais.

Ao pensar que a morte pode chegar a qualquer momento, a tendência é buscar mais significado nas ações cotidianas, fortalecendo vínculos e aumentando o senso de presença.
Como aplicar essa ideia no dia a dia sem pesar?
O segredo está em fazer dessa reflexão um momento de pausa e reconexão. Pergunte-se com frequência: “Se eu morresse hoje, estaria feliz com minha última semana de vida?” Essa simples pergunta pode mudar decisões, reconduzir relacionamentos e resgatar sua essência.
A morte, nesse caso, não é uma ameaça. É uma bússola. Um lembrete de que o tempo é precioso e que a vida precisa ser vivida com inteireza.
Quando essa reflexão se torna um sinal de alerta?
Pensar sobre a morte de forma pontual, como guia de propósito, é saudável. Mas quando essa ideia se transforma em tristeza constante, pensamentos repetitivos ou desânimo prolongado, pode ser um sinal de alerta para procurar ajuda profissional.
A própria Dra. Ana Beatriz é defensora da escuta profissional e do cuidado com a saúde mental como forma de garantir bem-estar duradouro.
Fontes confiáveis utilizadas neste conteúdo
As reflexões da Dra. Ana Beatriz Barbosa estão alinhadas com princípios de saúde emocional respaldados por instituições de referência:
- Ministério da Saúde – www.gov.br/saude
- Organização Mundial da Saúde (OMS) – www.who.int
- PubMed – www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed
- Sociedade Brasileira de Psiquiatria – www.abp.org.br
- Psychology Today – www.psychologytoday.com
- Stanford Center for Compassion and Altruism Research – www.ccare.stanford.edu