A frutose, presente em frutas, mel e alimentos industrializados, é chamada de “veneno” pelo Dr. Lair Ribeiro (CRM 6972 / RQEMG 29517), cardiologista e nutrólogo. Segundo ele, ao contrário da glicose, nenhuma célula do corpo aceita frutose, com exceção do fígado, que é forçado a processá-la sozinho. Esse processo sobrecarrega o órgão e pode prejudicar a saúde metabólica de forma significativa.
Neste artigo, você vai entender por que o excesso de frutose é tão problemático e o que fazer para proteger seu organismo.
O que é frutose e por que pode fazer mal?
A frutose é um tipo de açúcar simples, comum em frutas, mel, doces e refrigerantes. Ao ser ingerida, ela segue diretamente para o fígado, pois nenhuma outra célula do corpo a reconhece como fonte de energia. Essa característica levou o Dr. Lair Ribeiro a classificá-la como um “veneno funcional”, já que o fígado precisa trabalhar sozinho para eliminá-la.
Diferente da glicose, que pode ser usada por todo o organismo, a frutose é metabolizada exclusivamente pelo fígado, que a transforma em gordura ou em energia. O consumo frequente favorece o acúmulo de gordura hepática e alterações hormonais.
Quais os riscos do excesso de frutose para o fígado?
Quando consumida em excesso, a frutose exige um trabalho extra do fígado, que passa a converter esse açúcar em triglicerídeos. Isso pode provocar esteatose hepática, inflamação crônica e alterações no metabolismo. Com o tempo, o fígado perde eficiência, aumentando o risco de doenças metabólicas.

Esse impacto pode ocorrer mesmo em pessoas que não consomem álcool. O excesso de frutose tem sido associado a síndromes metabólicas, obesidade e resistência à insulina.
A frutose pode ser pior que o álcool?
O Dr. Lair Ribeiro compara a frutose ao álcool. Enquanto o álcool atravessa a barreira hematoencefálica e age diretamente no cérebro, a frutose é bloqueada, indo toda para o fígado. Por isso, ele defende que, em termos metabólicos, a frutose pode ser ainda mais prejudicial a longo prazo.
Essa exposição constante sobrecarrega o fígado diariamente. A diferença está na frequência: é mais comum consumir frutose em grandes quantidades do que ingerir bebidas alcoólicas diariamente.
Quais os sinais de consumo excessivo?
O consumo exagerado de frutose nem sempre dá sinais imediatos. Porém, alguns sintomas podem surgir com o tempo:
- Fadiga frequente
- Ganho de peso abdominal
- Exames com triglicerídeos elevados
- Fígado gorduroso (esteatose)
Esses sinais indicam que o fígado pode estar sofrendo os efeitos de uma sobrecarga de açúcar.
Como reduzir a frutose na alimentação?
Para proteger a saúde hepática, é importante adotar medidas simples:
- Reduzir sucos industrializados, refrigerantes e alimentos processados
- Modere o consumo de frutas ricas em frutose, como uva, manga e melancia
- Prefira frutas com baixo teor de açúcar, como morango, limão e kiwi
- Evite xarope de milho, mel e adoçantes artificiais com alto índice glicêmico
Fazer escolhas mais conscientes ajuda o fígado a trabalhar com mais eficiência.
Fontes confiáveis utilizadas neste artigo
Este conteúdo foi elaborado com base em fontes sérias e reconhecidas pela comunidade científica:
- Ministério da Saúde: www.gov.br/saude
- Organização Mundial da Saúde (OMS): www.who.int
- PubMed (base de dados científica): www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed