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Dr. Alexandre Duarte, fisiologista: “Não é a carne que faz mal à digestão, é a falta disto”

Lucas Sampaio Por Lucas Sampaio
12/07/2025
Em Saúde
Dr Alexandre Duarte/Pessoa com dor abdominal - Reprodução (Instagram: @dralexandreduarte)/Créditos: depositphotos.com / Tharakorn

Dr Alexandre Duarte/Pessoa com dor abdominal - Reprodução (Instagram: @dralexandreduarte)/Créditos: depositphotos.com / Tharakorn

A ideia de que a carne é um alimento de difícil digestão tem se espalhado, mas segundo o Dr. Alexandre Duarte, médico especialista em fisiologia metabólica (CRM-SP 162757), esse é um dos maiores equívocos nutricionais. De acordo com ele, o corpo humano foi adaptado, ao longo da evolução, para digerir de forma rápida e eficaz alimentos de origem animal.

Durante uma explicação em vídeo nas redes sociais, o especialista afirmou que o problema não está na carne em si, mas no funcionamento deficiente do sistema digestivo de grande parte da população. A deficiência de enzimas digestivas é, para ele, o verdadeiro responsável pela má digestão — não a carne.

O ser humano digere carne com facilidade?

Segundo o Dr. Duarte, nosso trato gastrointestinal é relativamente curto, o que favorece uma digestão rápida de proteínas e gorduras animais. Isso não significa que todo alimento de origem animal será absorvido sem esforço, mas sim que o sistema digestivo foi moldado ao longo do tempo para lidar com esse tipo de alimento com mais eficiência.

Por outro lado, vegetais com alto teor de fibras, como milho e ervilha, tendem a passar pelo sistema sem serem completamente quebrados. Isso explica por que muitos desses alimentos aparecem inteiros nas fezes. A aparência de resíduos vegetais no cocô, inclusive, é comum e não necessariamente indica um problema de saúde.

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E por que algumas pessoas têm desconforto ao comer carne?

O desconforto digestivo, na maioria das vezes, está relacionado a uma deficiência enzimática. Enzimas como a protease, lipase e a amilase são fundamentais para que os alimentos sejam adequadamente quebrados e absorvidos. Quando essas enzimas estão em falta — o que, segundo o médico, ocorre em grande parte da população — o organismo tem dificuldade de digerir corretamente até mesmo os alimentos mais compatíveis com nosso sistema.

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Uma publicação compartilhada por Dr. Alexandre Duarte | Fisiologia metabólica e hormonal (@dralexandreduarte)

Ainda segundo o Dr. Duarte, o uso indiscriminado de suplementos enzimáticos não resolve esse problema. Cada pessoa possui um perfil único de produção enzimática, que pode variar conforme o estado de saúde do estômago, pâncreas e microbiota intestinal. Isso exige uma abordagem individualizada, com avaliação profissional adequada.

Suplementos digestivos ajudam ou atrapalham?

Apesar de parecerem uma solução prática, os suplementos enzimáticos genéricos muitas vezes falham em oferecer o suporte necessário. A razão é simples: eles não corrigem desequilíbrios específicos. Para quem tem baixa produção de ácido clorídrico, por exemplo, o ideal é buscar alternativas específicas, como a betaina HCL. Já quem tem déficit de produção pancreática precisa de enzimas diferentes, como a pancreatina.

Além disso, o intestino também participa da digestão. Se houver inflamação, desequilíbrio na microbiota ou má absorção, o efeito dos suplementos será limitado. Por isso, o tratamento ideal deve ser direcionado à causa do problema e não apenas ao sintoma.

Como melhorar a digestão de forma segura?

De acordo com recomendações do Ministério da Saúde, manter hábitos alimentares equilibrados e realizar acompanhamentos com profissionais qualificados é o primeiro passo. É importante dar atenção à mastigação, manter uma boa hidratação e evitar refeições em horários irregulares. Em casos persistentes de desconforto, a avaliação da produção enzimática pode ser necessária, com exames clínicos e laboratoriais adequados.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) também reforça que o sistema digestivo depende de um conjunto de fatores, incluindo dieta, estresse, uso de medicamentos e presença de inflamações. Por isso, a personalização do tratamento é essencial para garantir eficácia e segurança.

A carne é mais nutritiva do que parece?

Além de ser facilmente digerida por um sistema digestivo saudável, a carne também é um alimento extremamente nutritivo. Rica em proteínas de alto valor biológico, vitaminas do complexo B (como B12) e minerais como ferro, zinco e selênio, ela oferece substratos importantes para regeneração muscular, síntese hormonal e saúde imunológica.

Pessoa cortando bife de carne – Créditos: depositphotos.com / ArturVerkhovetskiy

Para quem tem um sistema digestivo funcional, a carne pode e deve fazer parte de uma dieta equilibrada. Porém, quando há deficiência de enzimas ou outros distúrbios, a solução não é cortar esse alimento, mas sim investigar e tratar a causa do desequilíbrio digestivo.

Então por que tanta gente culpa a carne?

Segundo o Dr. Alexandre Duarte, o mito da carne indigesta persiste por falta de conhecimento técnico sobre o funcionamento do corpo. Muitas vezes, ao sentir desconforto após o consumo de proteína animal, a pessoa associa isso ao alimento, quando na verdade o problema é o próprio sistema digestivo comprometido.

Outro ponto é o preconceito criado por modismos alimentares que favorecem dietas baseadas apenas em vegetais, sem considerar a individualidade bioquímica. A carne, nesses casos, é injustamente responsabilizada por sintomas que poderiam ser resolvidos com uma simples correção de ácido clorídrico ou ajuste na flora intestinal.

Quando vale a pena procurar ajuda profissional?

Se você sente desconforto constante após refeições, principalmente com alimentos proteicos, o ideal é procurar um médico ou nutricionista especializado em digestão. Investigar fatores como pH gástrico, presença de H. pylori, função pancreática e microbiota intestinal pode revelar a raiz do problema.

Ao invés de cortar nutrientes essenciais da sua dieta, busque orientação e trate o que realmente está impedindo seu corpo de funcionar bem. Uma digestão saudável é peça-chave para energia, imunidade e absorção de vitaminas e minerais.

Fontes oficiais utilizadas neste artigo

  • Ministério da Saúde: https://www.gov.br/saude
  • Organização Mundial da Saúde (OMS): https://www.who.int
  • PubMed – Biblioteca de estudos científicos: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed
  • Universidade de São Paulo – Fisiologia Digestiva: https://www5.usp.br
Tags: Alimentaçãonutriçãosaúde

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