A prática de fazer o bebê arrotar após uma mamada tem sido amplamente seguida por gerações de cuidadores ao redor do mundo. Mas será que essa prática é realmente necessária? O ponto central da discussão gira em torno do conforto e bem-estar do bebê, mas também levanta questões sobre as instruções que são passadas através das gerações e se ainda fazem sentido à luz das evidências científicas atuais.
Comumente, é dito que arrotar irá ajudar o bebê a eliminar o ar engolido durante a amamentação, evitando desconfortos como gases e cólicas. No entanto, especialistas em pediatria sugerem que as necessidades podem variar de bebê para bebê, e não há uma solução que se aplique a todos. Portanto, é importante considerar a individualidade de cada criança ao decidir sobre essa prática.
Por que os pediatras recomendam arrotar após cada mamada?
A recomendação para fazer o bebê arrotar após as mamadas surge, principalmente, da crença de que isso pode ajudar a liberar o ar ingerido durante a alimentação. Quando um bebê mama, tanto no peito quanto na mamadeira, ele pode acabar engolindo ar, o que pode causar um desconforto significativo se não for liberado.
Pediatras argumentam que, enquanto muitos bebês podem não precisar arrotar após cada alimentação, para alguns, essa prática pode ser essencial para evitar um acúmulo de gases no estômago. Além disso, o ato de arrotar também pode ser uma forma de verificar se o bebê está ficando satisfeito com a quantidade de leite que ingeriu, sem outros desconfortos.

Todo bebê precisa arrotar? Quando não é necessário?
Uma das perguntas mais frequentes entre os novos pais é se todos os bebês precisam realmente arrotar após cada mamada. A verdade é que cada bebê é único, e enquanto alguns necessitam desse cuidado para evitar desconfortos, outros podem não apresentar a mesma necessidade. Não há uma regra fixa, e a observação constante dos sinais de conforto ou desconforto do bebê é crucial.
Existem momentos em que o bebê pode não precisar arrotar, especialmente se ele parecer estar tranquilo e não mostrar sinais de desconforto, como se contorcer ou ficar irritado. Além disso, alguns estudos indicam que, à medida que os bebês crescem e seu sistema digestivo amadurece, a necessidade de arrotar pode diminuir.
Como realizar a prática de forma adequada e segura?
Quando a decisão de ajudar o bebê a arrotar é tomada, a maneira correta de fazer isso é essencial para garantir eficácia e segurança. Os especialistas aconselham métodos como segurar o bebê em posição vertical, apoiando gentilmente a cabeça e as costas, e dar leves batidinhas nas costas.
Outra técnica eficaz é deitar o bebê para frente, sobre as suas pernas, também apoiando a cabeça e o pescoço, enquanto aplica suaves batidinhas nas costas. É importante fazê-lo com paciência, uma vez que pode demorar alguns minutos até que o bebê libere o ar. Se o bebê apresentar sinais de desconforto persistente ou dificuldade para arrotar, recomenda-se buscar orientação profissional para descartar outras possíveis causas, como refluxo.
Quais são os sinais de que o bebê não precisa arrotar?
Os pais frequentemente buscam sinais claros que ajudem a determinar se o bebê está bem sem arrotar. Dados comportamentais, como um bebê que dorme tranquilamente após a mamada ou demonstra satisfação sem agitação, podem indicar que ele não está sofrendo de desconforto gástrico devido a gases presos.
Além disso, se a alimentação se segue sem episódios de cólicas ou excessivos regurgitamentos, é possível que o bebê esteja ingerindo a quantidade apropriada de leite sem engolir tanto ar. Observações cuidadosas e, quando necessário, consultas com o pediatra podem ajudar a resolver dúvidas persistentes sobre a necessidade de arrotar. É interessante lembrar que cada bebê tem seu ritmo, e a orientação personalizada do pediatra é fundamental para garantir o bem-estar do recém-nascido.