Na fase pós-70 anos, certos hábitos silenciosos podem comprometer a saúde emocional e diminuir a motivação para viver. Entre os mais comuns estão o sedentarismo, o isolamento e a resistência a novidades, que muitas vezes surgem como mecanismos de defesa diante das mudanças naturais da vida.
Com o tempo, esses comportamentos minam a sensação de utilidade e reduzem o estímulo ao convívio. Especialistas da área de gerontologia apontam que a ausência de propósito diário é um gatilho frequente para a apatia. Ter metas simples — como cuidar de uma planta ou fazer videochamadas semanais — pode renovar o entusiasmo e restaurar vínculos afetivos.
Como a resistência a mudanças pode afetar o bem-estar?
A dificuldade de adaptação a novas realidades, tecnologias e rotinas interfere diretamente na qualidade de vida. Quando se evita o novo, perde-se a chance de desenvolver habilidades cognitivas e manter o cérebro em constante estímulo.
- Aprender a usar apps de mensagens ou vídeo fortalece laços familiares.
- Ingressar em oficinas de artesanato, fotografia ou dança ativa a criatividade.
- Flexibilidade nas escolhas diárias abre espaço para mais liberdade e prazer.
Por que manter conexões sociais é fundamental após os 70 anos?
O vínculo com outras pessoas é uma das maiores fontes de bem-estar para idosos. O afastamento progressivo de ambientes sociais, como igrejas, clubes ou até mesmo a vizinhança, contribui para quadros de depressão e baixa autoestima.

Além disso, conexões sociais estimulam o senso de pertencimento, diminuem riscos de demência e fortalecem o sistema imunológico. Atividades em grupo — mesmo que online — como aulas de idiomas ou grupos de leitura, promovem engajamento e evitam o retraimento emocional.
- Participar de grupos de interesse, como clubes de leitura ou aulas de dança, que são frequentemente promovidos por instituições como o Sesc.
- Manter contato regular com familiares, seja presencialmente ou por meio de chamadas de vídeo, em plataformas como Zoom ou Skype.
- Engajar-se em trabalhos voluntários, que proporcionam um senso de propósito e pertencimento, como as ações sociais realizadas durante o Outubro Rosa.
Como o envelhecimento ativo contribui para a alegria de viver?
O envelhecimento ativo está ligado à capacidade de manter autonomia, envolvimento social e autocuidado. Segundo a Organização Mundial da Saúde, ele é um dos fatores-chave para um envelhecimento saudável, com mais disposição e menor incidência de doenças.
- Realizar caminhadas diárias de 20 a 30 minutos mantém o corpo em movimento.
- Alimentação equilibrada com foco em fibras, ômega-3 e vitaminas sustenta o bom humor.
- Atividades como sudoku, leitura ou cursos livres estimulam a neuroplasticidade.
Quais atitudes ajudam a preservar a alegria na terceira idade?
Manter a alegria é possível quando se adota um estilo de vida proativo e conectado às próprias vontades. Ter hobbies, cuidar da espiritualidade, praticar a gratidão e reservar tempo para lazer são elementos fundamentais para o equilíbrio mental.
O autocuidado também deve incluir exames regulares, acompanhamento psicológico e um sono de qualidade. Cultivar amizades, ajudar o próximo e manter o senso de humor são atitudes que fazem toda a diferença nessa etapa da vida.
Dica extra: Universidades abertas para a terceira idade, como a USP 60+ e o UnATI da UERJ, oferecem cursos gratuitos que integram aprendizado e socialização, comprovadamente eficazes para o bem-estar e prevenção de doenças cognitivas.