A insônia é uma das queixas mais comuns nos consultórios de psiquiatria. Segundo o Dr. Gabriel Paiva (CRM 180821 | RQE 94269), psiquiatra, professor e terapeuta com ampla atuação no TikTok, a maioria dos casos não está associada a doenças mentais graves, mas sim a uma mente sobrecarregada, ansiosa e conectada demais.
Com mais de 370 mil seguidores na plataforma (@drpaivagabriel), ele afirma que o melhor “remédio” para dormir melhor não se encontra entre os calmantes famosos, como zolpidem ou rivotril. O verdadeiro aliado do sono de qualidade é a meditação — uma prática simples, acessível e respaldada por ampla base científica.
Insônia é sempre sinal de doença mental?
Não. Embora esteja presente em quadros como depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia e TEPT (transtorno de estresse pós-traumático), a maioria das pessoas que não consegue dormir não sofre de transtornos graves. Elas estão apenas com a cabeça cheia. Isso inclui estresse do dia a dia, excesso de telas, falta de rotina e dificuldades emocionais não tratadas.
Dr. Gabriel explica que sentimentos como frustração, cansaço, irritação e solidão podem impedir o corpo de relaxar. O excesso de estímulos, principalmente à noite, impede que o cérebro desacelere. Por isso, mesmo quem não tem diagnóstico psiquiátrico pode se beneficiar de estratégias não medicamentosas para dormir melhor.
Por que a meditação funciona contra a insônia?
Meditar ajuda a reduzir a atividade da amígdala cerebral, região responsável pela resposta ao estresse. Isso permite que os níveis de ansiedade diminuam e que o cérebro entre em estado de repouso mais facilmente. Além disso, a prática regular de meditação aumenta a produção de neurotransmissores como serotonina e GABA, que induzem relaxamento.
Segundo estudos publicados em revistas como JAMA Internal Medicine, a meditação melhora significativamente a qualidade do sono, especialmente em adultos com dificuldade para dormir. Ao focar a atenção e controlar a respiração, a mente desacelera e o corpo responde com menor tensão muscular, ritmo cardíaco mais estável e transição natural para o sono profundo.
Meditação é realmente respaldada pela ciência?
Sim. Longe de ser pseudociência ou prática mística, a meditação tem vasta comprovação científica. Universidades como Harvard, Stanford e Oxford já demonstraram os benefícios da prática para ansiedade, depressão, foco e qualidade do sono. Além disso, a Organização Mundial da Saúde reconhece a meditação como recurso de promoção da saúde mental.
@drpaivagabriel Você está sem pregar os olhos até tarde da noite? A insônia é um desafio, mas a meditação pode ser a chave para o descanso que você merece. Como psiquiatra, sei o impacto de uma boa noite de sono na saúde mental. Descubra no meu vídeo como a meditação pode transformar suas noites. Vou guiá-lo por 1 técnica simples que pode ajudar a acalmar sua mente e preparar seu corpo para um sono reparador. Assista, pratique e compartilhe sua experiência nos comentários. #insônia #insonia #sono #dormir #dormirbem #estresse #ansiedade #cortisol #calma #pazmental #saudemental #saúdemental #psicologia #psiquiatra #bemestar #psiquiatria #depressao #depressão #mente #mentepositiva #autoconhecimento #inteligenciaemocional #inteligênciaemocional #meditar #meditacao #meditação #meditacaoguiada #atencaoplena ♬ som original – Dr. Gabriel Paiva
Dr. Gabriel destaca que a meditação atua não apenas no sono, mas também no humor, na disposição e na autoconfiança. O que os cientistas chamam de “afeto positivo” — sensações de motivação, equilíbrio emocional e clareza — aumenta com a prática diária. Ou seja, não é apenas dormir melhor, mas também viver melhor.
Qual é a técnica mais simples para começar a meditar?
Não precisa de aplicativos, músicas nem posturas complexas. A sugestão do Dr. Paiva é simples: sente-se na cama antes de dormir, feche os olhos e conte até 50 em voz alta, lentamente. Só isso. Esse exercício induz foco e reduz o turbilhão de pensamentos automáticos que normalmente sabotam o sono.
A ideia é usar a contagem como um ponto de atenção para esvaziar a mente. Ao fazer isso com regularidade, o cérebro passa a associar esse momento com relaxamento e prepara o corpo para adormecer com mais facilidade. É uma técnica acessível, gratuita e eficaz, mesmo para quem nunca meditou antes.
A meditação pode substituir remédios para dormir?
Em muitos casos, sim. Para quem tem insônia leve ou causada por fatores emocionais, a meditação pode ser suficiente. Já em quadros clínicos, a prática pode complementar o tratamento medicamentoso, reduzindo doses ou até permitindo a retirada gradual dos remédios com orientação médica.

O importante é entender que pílulas não resolvem pensamentos desorganizados, vida agitada ou falta de conexão interior. A meditação não tem efeitos colaterais, é segura e atua diretamente na causa emocional da insônia, ao invés de apenas mascarar o sintoma.
Fontes e links utilizados
- JAMA Internal Medicine – “Mindfulness Meditation and Improvement in Sleep Quality”
https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/2110998 - National Institutes of Health (NIH) – “Meditation and Sleep”
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6413359 - TikTok oficial do Dr. Gabriel Paiva
https://www.tiktok.com/@drpaivagabriel