A psiquiatra Dra. Ana Beatriz Barbosa, conhecida por sua abordagem humanizada na medicina, fez um importante desabafo sobre o verdadeiro sentido da profissão médica. Em sua visão, mais do que técnica, a medicina exige empatia, compaixão e um amor autêntico pelo ser humano. Essa reflexão tem despertado a atenção de estudantes, profissionais da saúde e do público em geral.
Neste artigo, vamos aprofundar essa perspectiva da Dra. Ana Beatriz e como ela está alinhada às diretrizes éticas e humanistas da medicina moderna. A seguir, veja como esse olhar empático transforma o cuidado em saúde e o relacionamento entre médico e paciente.
Por que o médico precisa gostar de gente, antes de gostar de jaleco?
Segundo a Dra. Ana Beatriz, muitos jovens escolhem a medicina por status, buscando uma carreira de prestígio, com consultórios luxuosos e redes sociais impecáveis. No entanto, ela alerta que medicina é um ato de amor ao próximo. Sem empatia genuína, o profissional corre o risco de se tornar tecnicamente competente, mas emocionalmente distante e incapaz de acolher seu paciente.
O compromisso com a vida e o bem-estar alheio exige mais do que conhecimento. Requer escuta, acolhimento e presença. O paciente não procura apenas uma solução clínica, mas um olhar que compreenda seu sofrimento. Essa é a diferença entre tratar uma doença e cuidar de uma pessoa.
Como separar o erro do ser humano?
Um dos pontos mais sensíveis do discurso da especialista é sua capacidade de ver o ser humano mesmo por trás de comportamentos condenáveis. Dra. Ana Beatriz afirma que acredita na possibilidade de despertar em cada indivíduo, mesmo que esse processo leve tempo. Para ela, é preciso separar o “pecado do pecador” e manter a esperança na transformação.
@draanabeatriz11 Quando falamos de medicina, falamos de um encontro com a humanidade em sua forma mais crua e verdadeira. Não se trata apenas de jalecos e consultórios; trata-se de conectar-se com o ser humano. Ser médico é amar o ser humano em toda a sua complexidade. É entender que por trás de cada comportamento que parece desviante, existe uma pessoa que ainda pode despertar para um caminho melhor. Acredito que todos temos a capacidade de evoluir, de mudar, de melhorar. Alguns despertarão agora, outros talvez demorem mais, mas o importante é que a medicina está aqui para apoiar esse despertar. 💬 Deixe sua opinião nos comentários.
♬ som original – Ana Beatriz Barbosa
Essa visão está alinhada à psiquiatria moderna, que compreende que traumas, transtornos mentais e histórias de vida complexas podem influenciar comportamentos. O olhar humanizado do médico não é conivente, mas é essencial para promover acolhimento, escuta e reabilitação.
Por que a medicina humanizada faz tanta diferença?
Estudos apontam que o vínculo entre médico e paciente melhora a adesão ao tratamento e os resultados clínicos. O paciente que se sente ouvido tende a confiar mais e a seguir as orientações com maior comprometimento. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça que o cuidado centrado na pessoa é um dos pilares para sistemas de saúde mais eficazes e humanos.

Nesse sentido, a empatia é uma competência tão importante quanto o conhecimento técnico. Saber ouvir, respeitar a dor do outro e reconhecer sua singularidade são atitudes que fortalecem o papel social da medicina e humanizam o atendimento.
Onde encontrar referências confiáveis sobre medicina humanizada?
- Conselho Federal de Medicina (CFM): https://portal.cfm.org.br
- Organização Mundial da Saúde (OMS): https://www.who.int/pt
- Biblioteca Virtual em Saúde (BVS): https://bvsalud.org