Pessoas com sangue tipo O apresentam maior vulnerabilidade a lesões graves, com uma taxa de mortalidade que chega a 28%, segundo estudo do Hospital Universitário de Tóquio. Em comparação, indivíduos com outros tipos sanguíneos enfrentam um risco de apenas 11%.
Essa diferença pode ser explicada por fatores de coagulação. O sangue tipo O tem níveis mais baixos de proteínas como o fator von Willebrand e o fator VIII, essenciais para estancar sangramentos em situações críticas.
Por que a coagulação sanguínea é mais difícil em quem tem sangue tipo O?
A dificuldade na coagulação do sangue tipo O está diretamente ligada à ausência de certas proteínas. Isso torna o organismo menos eficiente em conter hemorragias internas e externas, o que agrava quadros de trauma.
Esse fator isolado já coloca essas pessoas em uma situação de alerta em casos de acidentes ou cirurgias. A resposta do corpo se torna mais lenta e aumenta o risco de complicações fatais.
Como a resposta inflamatória impacta na recuperação do sangue tipo O?
Estudos indicam que pessoas com tipo O podem ter uma resposta inflamatória diferenciada. Isso dificulta a recuperação após lesões, já que o organismo responde de maneira menos eficiente à inflamação.
Essa peculiaridade pode aumentar o risco de infecções, falência de órgãos e uma recuperação mais lenta, mesmo após procedimentos médicos adequados.

Por que o sangue O negativo é considerado universal, mas também limitado?
O sangue O negativo é conhecido por sua versatilidade como doador universal, podendo ser utilizado em emergências críticas. No entanto, quem possui esse tipo só pode receber sangue do mesmo tipo, o que limita o atendimento em situações urgentes.
Esse detalhe é crucial em hospitais e pronto-socorros, onde a disponibilidade imediata do tipo exato pode ser uma questão de vida ou morte.
Quais as vantagens e desvantagens de ter sangue tipo O?
Ter tipo O pode oferecer proteção contra doenças cardiovasculares, segundo diversos estudos. Por outro lado, há maior suscetibilidade a úlceras e alguns tipos de câncer gastrointestinal.
Além disso, esse tipo sanguíneo apresenta compatibilidade elevada em transplantes de órgãos, o que pode representar uma vantagem decisiva em cirurgias de alta complexidade.
- Vantagens: menor risco cardíaco, maior compatibilidade em transplantes
- Desvantagens: maior chance de úlceras, risco elevado em traumas
O que muda com a descoberta do novo sistema sanguíneo ‘MAL’?
Pesquisadores britânicos identificaram o sistema MAL, que inclui o antígeno AnWj, ausente em algumas pessoas com doenças específicas. O fenótipo AnWj-negativo é extremamente raro, mas relevante para a medicina transfusional.
Essa descoberta amplia o número de sistemas sanguíneos para 47, totalizando mais de 360 antígenos já identificados. Com isso, será possível realizar transfusões ainda mais seguras e personalizadas.
- O sistema ‘MAL’ pode evitar reações adversas em transfusões
- Facilita a identificação de doadores altamente compatíveis
Curiosidade: o sangue tipo O é o mais comum no Brasil, presente em cerca de 47% da população — o que amplia ainda mais a relevância de conhecer seus riscos e características.