A suplementação com ômega-3 é um dos temas mais discutidos quando se fala em saúde cardiovascular. Conhecido por suas propriedades anti-inflamatórias, esse nutriente tem ganhado destaque nos últimos anos por ajudar a reduzir os níveis de triglicerídeos e contribuir na prevenção de eventos cardiovasculares. Segundo a cardiologista Dra. Thaíssa Monteiro (CRM não informado), o consumo adequado de ômega-3 pode oferecer benefícios importantes para pacientes com aterosclerose ou diabetes que apresentam múltiplos fatores de risco. No entanto, ele deve ser utilizado como complemento ao tratamento com estatinas, nunca como substituto.
Qual a diferença entre EPA e DHA e qual é o mais eficaz?
O ômega-3 é formado por dois ácidos graxos principais: o EPA (ácido eicosapentaenoico) e o DHA (ácido docosaexaenoico). Estudos apontam que os benefícios mais expressivos na saúde cardiovascular ocorrem quando se utiliza o EPA isolado. Porém, a maioria dos suplementos disponíveis no Brasil combina os dois tipos. Essa diferença é fundamental na hora de escolher um produto, já que apenas um profissional de saúde pode indicar a formulação e a dose mais adequadas para cada situação.
Ômega-3 ajuda na prevenção de doenças cardíacas?
Os resultados das pesquisas sobre a suplementação de ômega-3 em pessoas sem histórico de doenças cardiovasculares (prevenção primária) ainda são inconsistentes. Isso significa que não há comprovação suficiente para indicar seu uso generalizado nesses casos. Por outro lado, para pacientes que já tiveram eventos cardíacos ou apresentam triglicerídeos elevados, o ômega-3 pode ser um aliado no controle dos riscos e na melhora da saúde do coração.
Quais são os possíveis riscos do consumo excessivo de ômega-3?
Apesar de considerado seguro em doses recomendadas, o consumo excessivo pode trazer efeitos adversos, como diarreia, alterações no paladar e um risco teórico de sangramentos, mesmo que não haja comprovações sólidas desse efeito. Estudos também levantam a hipótese de que doses elevadas podem aumentar o risco de fibrilação atrial, modular negativamente o sistema imunológico e, em alguns casos, estar associado ao câncer de próstata. Esses fatores reforçam a necessidade de acompanhamento médico antes de iniciar a suplementação.

Por que buscar orientação médica antes de suplementar?
A decisão de usar ômega-3 deve ser individualizada. Um cardiologista ou nutricionista pode avaliar o histórico clínico, os níveis de triglicerídeos e a dieta atual do paciente antes de prescrever o suplemento. Além disso, manter uma alimentação rica em peixes, nozes e sementes já é suficiente para garantir uma boa ingestão de ômega-3 para a maioria das pessoas, tornando o uso de cápsulas desnecessário em muitos casos.
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Fontes confiáveis sobre saúde cardiovascular e suplementos
- Sociedade Brasileira de Cardiologia: https://www.cardiol.br
- Ministério da Saúde: https://www.gov.br/saude
- Biblioteca Virtual em Saúde (BVS): https://bvsalud.org