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A prática que mudou a saúde emocional de quem tem mais de 50

Julio Cesar Por Julio Cesar
19/07/2025
Em Notícias
A prática que mudou a saúde emocional de quem tem mais de 50

Idosa feliz mostrando suas cerâmicas - Créditos: depositphotos.com / AllaSerebrina

Com o passar dos anos, muitas pessoas buscam formas de enriquecer suas vidas através de atividades criativas. As aulas de arte e cerâmica têm se destacado como opções que proporcionam benefícios notáveis para aqueles com mais de 50 anos. Ao se dedicar a essas práticas, os indivíduos não apenas desenvolvem novas habilidades, mas também melhoram sua saúde mental e emocional.

  • O valor terapêutico da arte e da cerâmica na redução do estresse.
  • Métodos criativos para aprimorar a autoestima e o bem-estar emocional.
  • A importância de adotar novas habilidades em fases posteriores da vida.

Por que as artes são benéficas para a saúde mental?

Diversas pesquisas apontam que a arte é uma poderosa ferramenta para a saúde mental. As atividades artísticas permitem a expressão de sentimentos muitas vezes difíceis de verbalizar, oferecendo um meio alternativo para lidar com emoções e tensões. Para aqueles com mais de 50 anos, envolver-se em pinturas ou esboços pode atuar como uma válvula de escape das pressões do cotidiano, resultando em uma mente mais tranquila e equilibrada.

De acordo com um estudo publicado no American Journal of Public Health, a participação em atividades artísticas está associada a uma redução dos níveis de estresse e uma melhoria no bem-estar emocional. Esses efeitos são particularmente importantes para indivíduos mais velhos, que podem se beneficiar da redução do isolamento e do engajamento social proporcionado por essas atividades. Estudos recentes em países como Canadá e Alemanha também têm destacado o impacto positivo da arte em adultos acima de 50 anos, reforçando os achados internacionais.

Um estudo envolvendo 1.200 adultos com mais de 50 anos indicou que 78% dos participantes que se envolveram em atividades criativas regularmente relataram uma melhora significativa no bem-estar mental. Além disso, 65% deles notaram melhorias na autoestima e satisfação pessoal.

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Além disso, o envolvimento em atividades criativas pode retardar o declínio cognitivo. A prática constante de técnicas artísticas estimula diferentes áreas do cérebro, ajudando a manter a agilidade mental e a memória em boas condições.

Entre as técnicas mais eficazes estão:

  • Pintura e Desenho: Estimulam a criatividade e a coordenação motora, além de atuarem sobre o córtex pré-frontal, que é responsável pelo planejamento e pela tomada de decisões.
  • Escultura: Trabalha a percepção espacial e a solução de problemas, estimulando o hipocampo, que é crucial para a memória.
  • Poesia e Escrita Criativa: Envolvem o uso da linguagem e estimulam o nervo vago, proporcionando maior bem-estar emocional.

Estudos indicam que engajar-se em arte ou cerâmica pode também ajudar a prevenir doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, ao promover a neuroplasticidade e reduzir o risco de demência.

A prática da cerâmica exige atenção plena e concentração, pois o processo de modelagem e acabamento das peças requer meticulosidade e paciência. Além disso, ao criar peças únicas e personalizadas, desenvolve-se a criatividade e fomenta-se a empatia, uma vez que compreender a perspectiva e os sentimentos expressos nas obras dos outros é parte integral do processo criativo.

Como a cerâmica pode melhorar a autoestima?

A cerâmica não é apenas uma atividade relaxante, mas também uma forma de aumentar a autoestima. Criar algo do zero, seja um vaso ou uma escultura, dá uma sensação de realização pessoal. Para muitos, ver um projeto do início ao fim oferece uma satisfação única que contribui para uma melhor percepção de si mesmo.

Quando uma peça é finalizada, a sensação de orgulho e a percepção de conquista promovem um aumento na confiança pessoal. Para indivíduos que, ao longo da vida, tiveram pouco tempo para hobbies criativos, a cerâmica se torna uma maneira de redescobrir talentos inatos e dar novo significado à própria capacidade criativa.

A prática que mudou a saúde emocional de quem tem mais de 50
Idosos fazendo aula de cerâmica – Créditos: depositphotos.com / ArturVerkhovetskiy

Quais são os benefícios de aprender novas habilidades após os 50?

Adotar novas habilidades é fundamental em qualquer etapa da vida, mas após os 50 anos, isso ganha ainda mais importância. A aprendizagem contínua é vital para manter o cérebro ativo e a mente curiosa, trazendo inúmeros benefícios emocionais e psicológicos. Aproximar-se da arte e da cerâmica não só alimenta a criatividade, mas também fortalece a resiliência e a adaptabilidade.

Além do aspecto mental, aprender algo novo pode expandir os círculos sociais. Participar de aulas e workshops proporciona oportunidades de conhecer pessoas com interesses semelhantes, criando comunidades de apoio e amizade. Esse fator social é vital para o bem-estar geral, ajudando a reduzir o isolamento social que muitas vezes é reportado em idades mais avançadas. Em diversos centros comunitários de grandes cidades como São Paulo e Buenos Aires, esse tipo de atividade também tem mostrado potencial não apenas na reabilitação social, mas na integração intergeracional.

Incluir a cerâmica nos programas de arteterapia para idosos pode ser uma excelente forma de aproveitar seus benefícios terapêuticos. Por exemplo, sessões de cerâmica em grupo podem ser organizadas em instituições de assistência a idosos, onde a prática regular auxilia na promoção de habilidades sociais, enquanto o processo criativo ativa o bem-estar emocional.

A importância do bem-estar emocional na terceira idade

Nunca é tarde demais para começar a se cuidar e cuidar da própria saúde emocional. As aulas de arte e cerâmica são ferramentas indispensáveis para se alcançar esse objetivo. Com atividades que promovem tanto a mente quanto o espírito, estas aulas têm o potencial de transformar a qualidade de vida, proporcionando aos estudantes mais velhos uma sensação de propósito e satisfação que pode ter faltado por muito tempo.

  1. A arte reduz o estresse e promove a expressão pessoal.
  2. A cerâmica aumenta a autoestima através da criação e realização.
  3. Novas habilidades favorecem a saúde mental e a interação social.
  4. A socialização nas atividades artísticas ajuda a combater a solidão e promove o bem-estar emocional.

Cientistas afirmam que a cerâmica foi criada de maneira espontânea e simultânea por diferentes civilizações ao redor do mundo. A peça mais antiga, localizada na caverna de Xianrendong, na província de Jiangxi, China, data de entre 20 mil e 19 mil anos atrás. Um pouco mais recentes (com aproximadamente 13 mil anos), as vasilhas do período Jōmon do Japão também revelam como esses objetos acompanharam os seres humanos desde a pré-história.

No início da tradição, foi descoberto que o barro endurecia ao ser exposto ao fogo. Então, durante o período neolítico, também conhecido como “Idade da Pedra”, começaram a ser criadas peças com fins culinários, e na Mesopotâmia surgiram as primeiras formas não utilitárias. O termo “cerâmica” vem do grego keramos, que significa “arte de trabalhar o barro”.

Dani Mazzei nasceu em Buenos Aires e estudou publicidade. Trabalhou por cinco anos em uma agência de marketing digital até decidir seguir seus sonhos. Em 2015, fundou a Pangea Cerámicas, após se formar no Instituto de Ceramologia Condorhuasi — um empreendimento que lhe permite expandir sua criatividade.

Começou literalmente em uma garagem, até que, atendendo a pedidos, passou a oferecer oficinas para o público. Hoje, essa atividade ocupa todo o seu tempo. De onde vem o fascínio pela cerâmica?

– Vivemos tempos em que a ansiedade, a incerteza e o ritmo frenético do dia a dia nos esgotam. Encontrar um momento para extravasar e recarregar as energias às vezes é difícil, mas fundamental para manter o equilíbrio. Em uma prática como essa, o mundo exterior para, e o aqui e agora se tornam o mais importante, permitindo que a arte e a criatividade falem por si só — explica.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu, em 2024, um relatório recomendando a prática da cerâmica como uma alternativa diária para melhorar a qualidade de vida. Segundo o documento, trata-se de uma atividade que promove a empatia e a compreensão — duas condições essenciais para fortalecer a consciência e a saúde comunitária.

– Fui para acompanhar uma amiga que não queria ir sozinha. Ela desistiu e eu continuei. No começo me envolvi para aprender o básico, mas, aos poucos, fui me aventurando mais, à medida que ganhei confiança. Uma vez por mês, organizo um encontro em casa com amigas e conhecidas, e coloco à venda as peças que faço, porque produzo tanto que não consigo guardar tudo. Conquistei um novo círculo social, percebi que posso continuar aprendendo e que a imaginação não se apaga com a idade se a deixarmos emergir — revela Margarita C, de 74 anos, praticante há uma década.

Especialistas da OMS indicaram no relatório que a cerâmica melhora a concentração, porque exige atenção constante. “A necessidade de focar na tarefa exige deixar de lado outras distrações mentais, o que afasta os pensamentos negativos”, explica Sendaia Laiol, neurocientista especializada na pesquisa do lazer na Universidade da Califórnia.

– Esse exercício ajuda a compensar o estresse. Em uma realidade hiper estimulada como a era das telas, a cerâmica nos desconecta desse processo e convida à introspecção, oferecendo uma oportunidade meditativa no cotidiano — completa Laiol.

Luna tem 11 anos. Sua mãe, Alba, queria reunir algumas ideias: uma atividade em grupo, que fosse criativa, não muito física e voltada ao trabalho manual. Foi assim que a cerâmica entrou na vida da filha. “Luna se apaixonou”, conta Alba.

– Ela quer começar a fazer colares próprios. Agora é comum vê-la passar horas no quarto criando suas peças, longe das telas. Inclusive, melhorou seu relacionamento com os aparelhos, porque costuma usar o celular para buscar tutoriais ou modelos que a inspirem — compartilha a mãe.

– Um momento a sós é algo de que muitos de nós precisamos. Longe das preocupações, do estresse, da correria. Uma pausa para desacelerar, clarear a mente e se conectar com o presente. Mas não se trata apenas disso — continua Alba. — A cerâmica também é uma fonte de bem-estar emocional.

Ela acrescenta que a prática é uma forma de terapia criativa, pois ao trabalhar com as mãos e ver as ideias ganharem forma, há uma sensação de realização e satisfação, promovendo autoexpressão e equilíbrio emocional. Segundo Laiol. esta é uma atividade para todas as idades, porque há estímulo cognitivo e manual.

– Aprender novas técnicas e experimentar materiais estimula o cérebro e desenvolve habilidades motoras finas. Esse tipo de atividade não só melhora a concentração, como também ativa a criatividade e a capacidade de resolver problemas — conclui.

A OMS acrescenta que a cerâmica também estimula a paciência e a persistência — duas qualidades em extinção em um mundo excessivamente acelerado. Além disso, propõe a criação de metas de longo prazo: esperar secar, esperar assar… Um exercício útil para reaprender a respeitar o tempo.

Tags: artecerâmicaidosossaúde mental

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