As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte no mundo, e reconhecer os sinais precoces é essencial para evitar complicações graves. O cardiologista Dr. Roberto Yano, especialista em marcapasso, ressalta que muitos sintomas são comuns e podem passar despercebidos, mas quando relacionados ao coração, exigem avaliação médica imediata.
A dor no peito, por exemplo, é o sintoma mais associado a problemas cardíacos, mas nem sempre tem origem no coração. No entanto, é indispensável investigar, especialmente quando a dor vem acompanhada de pressão ou queimação que irradia para o braço esquerdo, costas ou mandíbula. A falta de ar também é um alerta, principalmente em pacientes com insuficiência cardíaca ou alterações nas válvulas do coração.
Quais sinais devem preocupar mais?
Entre os sinais frequentemente relatados estão:
- Dor no peito – Pode variar de desconforto a dores intensas, e deve ser avaliada sempre que persistir ou ocorrer com outros sintomas.
- Falta de ar – Sensação de dificuldade para respirar, especialmente durante esforços, pode indicar que o coração não está bombeando sangue de forma eficaz.
- Palpitações – O “coração disparado” ou sensação de batidas irregulares é um sintoma clássico de arritmia, que pode estar associado a tonturas ou desmaios.
- Inchaço nas pernas (edema) – O acúmulo de líquido nos membros inferiores pode ser consequência de insuficiência cardíaca, já que o sangue encontra dificuldade para retornar ao coração.
Por que esses sintomas não devem ser ignorados?
Problemas cardíacos muitas vezes evoluem silenciosamente, e quando os sinais aparecem, podem indicar que a doença já está em um estágio avançado. A avaliação médica, com exames como eletrocardiograma, ecocardiograma e testes laboratoriais, é fundamental para identificar a causa e iniciar o tratamento adequado.
Há outros sintomas importantes?
Sim, tonturas, fadiga extrema, sudorese excessiva e sensação de desmaio também são sinais que merecem atenção. Vale lembrar que, em mulheres, os sintomas de infarto podem ser mais sutis, como dor no estômago ou mal-estar geral, o que reforça a importância de não subestimar qualquer desconforto persistente.

Prevenção é o melhor caminho
Adotar hábitos saudáveis, como manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos, controlar a pressão arterial e os níveis de colesterol, além de não fumar, são medidas essenciais para a saúde do coração. Consultas regulares com um cardiologista podem ajudar na detecção precoce de alterações e prevenir complicações graves.
Dado científico interessante
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 80% das mortes prematuras por doenças cardiovasculares poderiam ser evitadas com a adoção de hábitos de vida saudáveis e controle dos fatores de risco, como hipertensão e diabetes.