O registro em carteira, também conhecido como Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), é um documento essencial no mercado de trabalho brasileiro. Ele formaliza a relação de emprego, garantindo ao trabalhador direitos fundamentais, como FGTS, seguro-desemprego, previdência social, férias remuneradas, entre outros. Além disso, a CTPS é uma ferramenta que assegura que as normas trabalhistas sejam cumpridas, oferecendo uma proteção ao empregado durante todo o período laboral.
Apesar de seu elevado grau de importância, ainda há uma parcela significativa de trabalhadores atuando na informalidade. Essa situação ocorre, muitas vezes, devido à falta de conhecimento sobre os direitos trabalhistas ou mesmo por conveniência de alguns empregadores que buscam evitar encargos trabalhistas. Essa prática gera prejuízos tanto para o trabalhador quanto para a economia do país, que deixa de arrecadar importantes tributações que poderiam ser revertidas em benefícios sociais.
O que é o registro em carteira?

O registro em carteira, ou CTPS assinada, é um documento que oficializa a contratação de um trabalhador conforme os preceitos da legislação trabalhista brasileira. Criado em 1932, durante o governo de Getúlio Vargas, o objetivo era formalizar as relações de trabalho, garantindo aos trabalhadores um conjunto de direitos fundamentais.
Quando um trabalhador tem sua carteira assinada, ele pode contar com o amparo legal para ter acesso a diversos benefícios e direitos. Entre eles, destacam-se:
- 13º salário
- Descanso semanal remunerado
- Licença maternidade e paternidade
- Benefícios do INSS em caso de doença
- Aposentadoria
Dessa forma, a CTPS estabelece e protege o vínculo entre empregador e empregado, fortalecendo a segurança jurídica para ambos.
Quais são os principais direitos garantidos pelo registro?
O registro em carteira assegura ao trabalhador uma série de direitos que visam proteger a sua integridade e bem-estar. Os principais direitos garantidos pelo registro em carteira incluem:
- Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS): proteção financeira em casos de demissão sem justa causa.
- Seguro-desemprego: auxílio temporário durante a busca de novo emprego.
- Contribuição para a previdência social: garante benefícios como aposentadoria, auxílio-doença e salário-maternidade.
- Férias anuais remuneradas: direito a um período de descanso a cada 12 meses trabalhados.
- Décimo terceiro salário: valor extra recebido no final do ano.
Esses direitos promovem estabilidade, segurança e qualidade de vida ao trabalhador, além de colaborarem para um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.
Por que muitos trabalhadores ainda permanecem na informalidade?
Uma série de fatores contribuem para que muitos trabalhadores permaneçam na informalidade. Entre os principais motivos, podemos destacar:
- Falta de conhecimento sobre direitos trabalhistas, dificultando a reivindicação de benefícios.
- Busca de empregadores por redução de custos, evitando encargos e tributações trabalhistas.
- Setores com alta rotatividade, como construção civil e serviços gerais, onde o emprego informal é comum.
- Necessidade imediata de renda por parte dos trabalhadores.
Nesses casos, os trabalhadores assumem riscos e prejuízos futuros em troca de uma remuneração imediata, comprometendo muitas vezes sua segurança e estabilidade de longo prazo.
Quais são os riscos de trabalhar sem registro?
Trabalhar sem registro em carteira traz uma série de riscos, tanto para o trabalhador quanto para o empregador. Para o trabalhador, destacam-se:
- Perda de acesso a benefícios e garantias trabalhistas
- Vulnerabilidade financeira em situações de doença, demissão, ou maternidade
- Tempo de serviço não contabilizado para aposentadoria
Já o empregador que mantém funcionários sem registro pode enfrentar muitos problemas, como:
- Multas e penalidades legais
- Processos judiciais trabalhistas
- Danos à reputação da empresa
A informalidade, portanto, representa um risco desnecessário para ambas as partes envolvidas na relação de trabalho.
O papel do governo e iniciativas para combater a informalidade
O governo brasileiro tem investido em diversas iniciativas para reduzir a informalidade no mercado de trabalho. Dentre as principais ações, destacam-se:
- Reforma trabalhista e projetos de lei que simplificam a formalização de contratos
- Campanhas de conscientização sobre os direitos trabalhistas
- Criação de plataformas digitais que facilitam o registro e a gestão de funcionários
- Programas de incentivo para pequenas e médias empresas promoverem contratações com carteira assinada
Essas medidas visam facilitar tanto para empregadores quanto para trabalhadores o acesso à formalidade, além de promover um mercado de trabalho mais justo e sustentável. Ao investir em educação, tecnologia e legislação atualizada, o governo aumenta significativamente as chances de diminuição da informalidade no Brasil.