O cardiologista Dr. Romero Falcão, conhecido também por sua atuação como maratonista, destaca em suas redes sociais um alerta importante: cerca de metade dos pacientes que sofrem um infarto apresentam sinais prévio do evento. Reconhecer esses sinais e buscar atendimento médico rapidamente pode ser decisivo para prevenir complicações graves. Segundo o especialista, ouvir os sinais do corpo pode salvar vidas.
Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) mostram que o infarto agudo do miocárdio é uma das principais causas de morte no Brasil, e que muitos casos poderiam ser evitados com diagnóstico precoce e atendimento rápido. A conscientização sobre sintomas iniciais, como dores no peito e falta de ar, é essencial para reduzir riscos.
Quais sinais o corpo pode dar antes de um infarto?
Dr. Romero Falcão explica que dores no peito, especialmente na região central ou do lado esquerdo, são os principais sinais. Essas dores podem se espalhar para os braços, ombros, mandíbula ou costas, e muitas vezes vêm acompanhadas de sintomas como sudorese fria, náuseas, palpitações e sensação de aperto no peito. A identificação precoce desses sinais e a busca imediata por atendimento de emergência podem reduzir a gravidade do quadro.
Outros sintomas menos conhecidos, como dores no estômago, fadiga repentina e falta de ar, também podem indicar problemas cardíacos. É comum que pessoas ignorem esses sinais por considerarem sintomas passageiros, mas Dr. Romero reforça que qualquer dor torácica persistente deve ser investigada.
Por que é importante agir rápido diante dos sintomas?
O tempo é um fator crucial no tratamento do infarto. Quanto mais cedo o paciente recebe atendimento, maiores são as chances de recuperação sem sequelas. O especialista reforça que buscar o pronto-socorro ao menor sinal suspeito é uma medida vital. Muitas vezes, a intervenção precoce pode evitar complicações como arritmias graves ou até mesmo a morte súbita.
Além disso, Dr. Romero alerta que sintomas leves não devem ser ignorados. Mesmo uma dor torácica que dure poucos minutos pode ser um sinal de angina, uma condição que antecede o infarto. Nesses casos, exames complementares como o eletrocardiograma e testes de imagem ajudam a identificar riscos.
Como prevenir o infarto no dia a dia?
A prevenção é sempre o melhor caminho. Dr. Romero destaca que hábitos saudáveis como manter uma alimentação equilibrada, praticar atividade física regularmente e controlar fatores de risco como hipertensão, diabetes e colesterol são fundamentais. O acompanhamento médico periódico, com exames de rotina, também é indispensável para identificar alterações precocemente.

Além disso, parar de fumar, reduzir o consumo de álcool e manter um peso corporal adequado fazem parte das medidas preventivas. O especialista lembra que o estresse crônico e a privação de sono também estão relacionados ao aumento do risco de doenças cardiovasculares.
Fatores de risco que merecem atenção
Entre os principais fatores de risco estão a pressão arterial elevada, níveis altos de colesterol, histórico familiar de infarto e sedentarismo. Pessoas acima dos 40 anos, especialmente homens, devem estar ainda mais atentas, já que a incidência aumenta com a idade. Em mulheres, o risco cresce após a menopausa devido à redução da proteção hormonal.
Além disso, doenças metabólicas como diabetes tipo 2 exigem um cuidado especial, já que aumentam significativamente as chances de entupimento das artérias. A realização de check-ups regulares permite identificar alterações antes que elas se tornem críticas.
Dicas práticas para cuidar do coração
- Mantenha uma dieta equilibrada, rica em frutas, legumes, verduras e grãos integrais.
- Pratique exercícios físicos regularmente, ao menos 150 minutos por semana.
- Evite o excesso de sal e gorduras saturadas, que favorecem o aumento da pressão arterial.
- Controle o estresse, adotando técnicas de relaxamento ou atividades como meditação.
- Durma bem, respeitando de 7 a 8 horas de sono por noite.
Fontes oficiais e links úteis
- Sociedade Brasileira de Cardiologia: https://www.cardiol.br/
- Organização Mundial da Saúde (OMS): https://www.who.int/
- Ministério da Saúde: https://www.gov.br/saude/pt-br
- American Heart Association: https://www.heart.org/