O peixe sempre ocupou um lugar de destaque na alimentação de diversas culturas, seja pela versatilidade nas receitas, seja pelo valor nutricional. Nos últimos anos, a preocupação com a saúde cardiovascular levou cada vez mais pessoas a buscarem alternativas naturais para proteger o coração. Nesse cenário, o peixe ganhou fama por ser uma das fontes mais ricas de ômega-3, um nutriente essencial para o organismo.
Ao longo deste artigo, você vai entender por que o peixe é tão importante para a saúde do coração, o que faz do ômega-3 um aliado poderoso e como inserir essa proteína de maneira prática na rotina alimentar. O leitor que acompanhar até o final encontrará dicas fáceis, explicações baseadas em ciência e um panorama claro dos efeitos do peixe no bem-estar cardiovascular.
Peixe e proteção cardiovascular: o benefício central
O consumo regular de peixe, principalmente de espécies ricas em ômega-3, está associado a uma redução significativa no risco de doenças cardíacas. O principal benefício é a diminuição dos níveis de colesterol ruim (LDL), do risco de infarto e de morte súbita cardíaca, graças à atuação dos ácidos graxos EPA e DHA, presentes em peixes como salmão, sardinha e cavala. A American Heart Association recomenda a ingestão de peixe pelo menos duas vezes por semana para favorecer a saúde do coração (AHA).
Benefícios e nutrientes do peixe para o coração
- Fornece ácidos graxos ômega-3 (EPA e DHA), que têm efeito anti-inflamatório e ajudam a equilibrar os níveis de colesterol
- Melhora o funcionamento dos vasos sanguíneos, auxilia no controle da pressão arterial e reduz o risco de arritmias cardíacas
Além do ômega-3, o peixe é fonte de proteínas de alto valor biológico, vitaminas do complexo B, vitamina D, fósforo, magnésio e selênio, nutrientes fundamentais para o funcionamento adequado do organismo.
Como o ômega-3 age no corpo
Os ácidos graxos ômega-3 presentes no peixe atuam em diversas frentes: reduzem triglicerídeos, melhoram a elasticidade dos vasos sanguíneos, diminuem processos inflamatórios e estabilizam o ritmo do coração. Essas ações ajudam a evitar o acúmulo de placas nas artérias (aterosclerose), um dos principais fatores de risco para o infarto. Estudos do Journal of the American Medical Association (JAMA) indicam que pessoas que consomem peixe com frequência apresentam menor mortalidade cardíaca.

Escolhendo o melhor peixe e dicas práticas de consumo
Nem todos os peixes têm a mesma quantidade de ômega-3. Os campeões são salmão selvagem, sardinha, arenque, cavala e atum. Para aproveitar o máximo dos nutrientes, prefira preparos grelhados, cozidos ou assados, evitando frituras em excesso, pois o calor excessivo pode destruir parte do ômega-3. Para variar o cardápio, combine o peixe com legumes, grãos integrais e azeite de oliva. Até mesmo opções mais acessíveis, como sardinha, podem ser excelentes escolhas para o dia a dia.