Em 2025, chamou a atenção do mundo a descoberta de um diamante de 646,78 quilates em Coromandel, Minas Gerais. Este achado marca a história como o segundo maior diamante já encontrado no Brasil, com um valor estimado em R$ 16 milhões. A relevância dessa descoberta se acentua considerando que Coromandel é lar do famoso diamante ‘Getúlio Vargas‘, encontrado em 1938 com 727 quilates.
Localizada nas margens do Rio Douradinho, a descoberta do diamante destaca o potencial mineral da região. A pedra tem uma tonalidade marrom, que é um fator significativo na definição de seu valor de mercado. Além de seu impacto econômico direto, a extração correta e legal do diamante, dentro das normas da Agência Nacional de Mineração (ANM), traz uma perspectiva de desenvolvimento futuro para Coromandel.
Qual a importância econômica do diamante de Coromandel?
O diamante marrom não apenas representa uma potencial fonte de riqueza pela exploração direta, mas também pela compensação financeira gerada através da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM). Este recurso, equivalente a 2% da receita bruta obtida com a venda (conforme atualizado pela Lei nº 13.540/2017), promete dinamizar a economia local, impulsionando projetos e infraestrutura na cidade que abriga cerca de 29 mil habitantes. A CFEM é distribuída da seguinte forma: 10% para a União, 15% para o Estado produtor, 60% para o Município produtor e 15% para Municípios afetados pela atividade de mineração.
Quais fatores determinam o valor de um diamante?
Na avaliação de pedras preciosas como diamantes, são considerados critérios como o peso em quilates, a pureza, a transparência e, não menos importante, a cor. Essa última característica tem o poder de influenciar significativamente o valor da pedra, especialmente quando se trata de tonalidades raras que atraem grandes colecionadores e investidores. Como destacam especialistas do setor, a cor pode ser um diferenciador crítico num mercado competitivo.

Como surgiu a unidade de medida quilate?
A origem do quilate remonta ao uso das sementes de alfarroba no Mediterrâneo antigo. Estas sementes eram conhecidas por sua uniformidade de peso, próxima a 0,2 gramas, o que as tornava ideais para pesagem de gemas preciosas. Dessa prática histórica refinada, surgiu o sistema ainda hoje utilizado na indústria moderna para pesar pedras preciosas, conectando passado e presente através de uma medida padrão internacionalmente reconhecida.
Quais são os impactos sociais da mineração na região?
A descoberta do diamante em Coromandel também traz reflexos para a sociedade local. Além de gerar empregos diretos e indiretos, a atividade mineradora pode contribuir para o desenvolvimento de projetos sociais, melhoria de infraestrutura básica e investimento em educação. Um desafio, porém, é garantir que os benefícios sejam distribuídos de forma justa entre a população e que as práticas de mineração respeitem normas ambientais e sociais, minimizando impactos negativos comuns a esse tipo de atividade.
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Como Coromandel se destaca na história da mineração brasileira?
Coromandel se consolida como uma das mais tradicionais cidades na extração de diamantes do Brasil. Desde o achado do diamante Getúlio Vargas até a recente descoberta, a cidade se mantém em evidência no cenário minerador nacional. A tradição, aliada à tecnologia e ao cumprimento regulatório, tem potencial de transformar a região em referência para a exploração sustentável de minerais preciosos no país.
Esse importante achado não só enfatiza o potencial mineral do Brasil, mas também reaviva o interesse mundial pelas riquezas naturais do país. Para Coromandel, especialmente, representa uma nova era de oportunidades econômicas, além de reforçar sua tradição e relevância no comércio de pedras preciosas.