Na rotina doméstica, muitos podem se identificar com o costume de deixar peças de roupa sobre cadeiras. Esse hábito, embora comum, pode revelar aspectos interessantes sobre o comportamento humano quando analisado sob a ótica da psicologia. Este artigo explora os motivos subjacentes a essa prática, lançando luz sobre possíveis traços de personalidade e estados emocionais associados. Pesquisas realizadas por universidades como a Universidade de São Paulo mostram que esse fenômeno ocorre em diversos lares, de grandes centros urbanos como Rio de Janeiro e São Paulo, a cidades menores, reforçando sua presença cultural.
- Procrastinação: Deixar roupas acumuladas pode indicar o adiamento consciente de uma tarefa simples. A procrastinação também pode atuar como um mecanismo de enfrentamento diante de tarefas que são percebidas como desagradáveis ou desafiadoras, servindo de escape temporário para evitar o desconforto emocional associado a essas atividades.
- Apego emocional: Vestimentas associadas a lembranças ou experiências dificultam a decisão de guardá-las ou descartá-las.
- Estresse e sobrecarga mental: Ambientes desorganizados muitas vezes refletem um estado de mente sobrecarregado ou ansioso.
- Falta de rotina doméstica: A ausência de um hábito estruturado de organização pode levar ao acúmulo de itens fora do lugar.
- Busca por praticidade: Deixar peças acessíveis, muitas vezes já usadas, facilita a rotina, economizando tempo na escolha de roupas.
- Negligência temporária: A intenção de “guardar depois” pode acabar se tornando um padrão de comportamento repetitivo.
- Processo de decisão adiado: Dificuldade em decidir se a peça será usada novamente ou deve ir para lavar, guardá-la ou desfazê-la.
- Necessidade de controle personalizado: Algumas pessoas sentem que, mesmo na desordem, conhecem exatamente onde está cada item e usam isso como uma estratégia pessoal de controle do ambiente.
O acúmulo de roupas na cadeira está ligado à desregulação emocional?
O acúmulo de roupas sobre cadeiras também pode ser uma manifestação de desregulação emocional, refletindo dificuldades em gerenciar emoções. Quando uma pessoa não consegue lidar adequadamente com suas emoções, a tendência é que atividades simples, como organizar roupas, sejam adiadas, resultado de uma tentativa inconsciente de evitar o desconforto emocional associado a essa tarefa. Segundo estudos realizados na Universidade Federal de Minas Gerais e publicados no site ScienceDirect, o hábito pode estar ligado à ansiedade e a padrões de comportamento observados em cidades grandes como o Rio de Janeiro.

Por que algumas pessoas acumulam roupas na cadeira?
O acúmulo de roupas em cadeiras é, frequentemente, uma consequência do acúmulo de tarefas diárias. A sobrecarga de compromissos pode levar as pessoas a resolverem questões mais urgentes, adiando arrumações domésticas. Conforme a psicologia sugere, esse adiamento pode ser um mecanismo de defesa contra o estresse diário. Dados coletados em 2020 durante a pandemia de Covid-19 demonstraram um aumento significativo desse comportamento, especialmente em lares de grandes cidades brasileiras.
A procrastinação é um comportamento muitas vezes associado a esse hábito. Deixar roupas empilhadas pode ser uma forma de adiar a conclusão de uma tarefa mundana. Quando confrontadas com múltiplas responsabilidades, algumas pessoas optam por focar em atividades que julgam mais importantes, postergando as atividades de menor prioridade.
O apego emocional influencia esse comportamento?
O apego emocional a certas peças de roupa pode ser um fator que contribui para esse comportamento. Algumas roupas estão ligadas a memórias específicas ou ocasiões especiais, o que pode dificultar seu armazenamento permanente ou descarte. A psicologia explica que esse comportamento pode ser uma forma de preservar emocionalmente momentos significativos. Especialistas como a professora Beatriz Esteves, da Universidade Federal do Paraná, destacam que roupas presentes em eventos como o Rock in Rio ou celebrações familiares tendem a ser guardadas visivelmente.
Além disso, o vínculo emocional pode ser tão forte que certas roupas acabam se tornando parte da identidade da pessoa. Nesse contexto, ao deixá-las em um lugar visível e acessível, mantém-se um contato constante com essas memórias e sentimentos associados, evitando que se tornem esquecidas no fundo de um armário.
A desordem revela algo sobre o estado mental?
A desordem e a presença de roupas espalhadas podem, por vezes, ser reflexos de um estado mental caótico ou sobrecarregado. Psicologicamente, um ambiente desorganizado pode espelhar a desorganização interna de uma pessoa que se encontra sob estresse constante. Esse tipo de desordem pode aumentar em momentos de maior pressão emocional, como durante prazos apertados ou transições importantes na vida, como mudanças de cidade ou início de um novo emprego em empresas grandes como a Google.
Por outro lado, algumas pessoas podem encontrar nos montes de roupa uma sensação de controle. Apesar de parecer contraditório, para algumas pessoas, a desorganização física é uma manifestação de um processo mental altamente estruturado e personalizado, onde cada peça fora do lugar tem um significado e razão para estar ali.
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Quais considerações finais podemos tirar sobre o comportamento?
- Deixar roupas sobre cadeiras pode demonstrar um mecanismo de procrastinação e gestão temporal inadequada.
- O apego emocional a certas peças revela vínculos sentimentais profundos.
- A desordem visível pode ser um sinal de estresse ou elaboração mental complexa.
O que fazer para lidar com o acúmulo de roupas?
Se o hábito de acumular roupas na cadeira está causando incômodo, existem algumas estratégias práticas que podem ajudar a lidar com a questão. Tente reservar alguns minutos no final do dia para guardar as roupas. Implementar sistemas de organização, como ganchos, cestos ou divisórias, também pode facilitar o processo de manter as roupas arrumadas. Se o cansaço for um fator predominante, pense em simplificar outras tarefas diárias para preservar energia para ações menores, como essa. Pequenas mudanças na rotina podem resultar em grandes melhorias para o bem-estar e a qualidade de vida. Atualmente, aplicativos como o Google Keep ou o Evernote têm sido utilizados por algumas pessoas para criar listas de tarefas e lembretes de organização, promovendo mais praticidade no dia a dia.