A doença de Parkinson desenvolve-se quando células cerebrais responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor crucial para o controle motor, deixam de funcionar. Até o momento, não se sabe exatamente por que essas células morrem, mas fatores como genética, ambiente e estilo de vida podem contribuir para o desenvolvimento da doença. A progressão da doença de Parkinson pode impactar significativamente a qualidade de vida, mas com tratamento adequado, essa influência sobre a expectativa de vida pode ser mitigada.
Embora a doença de Parkinson não tenha cura, os tratamentos disponíveis podem melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Com o avanço da medicina, é possível controlar os sintomas e oferecer uma perspectiva mais otimista para aqueles que convivem com a doença.
Além dos sintomas motores, a doença de Parkinson também pode causar sintomas não motores, como distúrbios do sono, disfunção autonômica e problemas sensoriais, ampliando a compreensão da complexidade da doença e seus impactos além dos sintomas motores.
Quais são os principais sintomas da doença de Parkinson?
Os sintomas da doença de Parkinson são variados e afetam cada pessoa de uma maneira única. O tremor é um dos sinais mais conhecidos, frequentemente manifestando-se nos membros superiores quando estão em repouso. Contudo, há uma gama ampla de outros sintomas que se manifestam antes mesmo dos problemas de movimento, como perda do olfato ou dificuldades para dormir. A dor é um sintoma comum, com diferentes formas de manifestação, como dor musculoesquelética ou dor neuropática. Ansiedade e depressão também são frequentes entre aqueles que convivem com esse mal.

Como os problemas de equilíbrio e rigidez afetam quem tem Parkinson?
A instabilidade postural ou a dificuldade em manter o equilíbrio são sintomas desafiadores da doença, muitas vezes levando a quedas e perda de confiança ao andar. A rigidez é comum em pessoas com a doença de Parkinson e pode ocorrer em um ou ambos os lados do corpo, resultando em uma amplitude de movimento reduzida. Esse sintoma frequentemente se manifesta em forma de dor ou desconforto, além de dificultar atividades simples do dia a dia. A rigidez muscular pode levar a dores musculares e articulares, afetando ainda mais a mobilidade e a qualidade de vida das pessoas com a doença.
É possível gerir os sintomas da doença de Parkinson?
A gestão eficaz da doença de Parkinson passa por tratamento médico, modificação do estilo de vida e eventualmente cirurgia. O diagnóstico precoce é crucial, pois os estágios iniciais podem ser acompanhados por sintomas sutis, como micrografia, redução da expressão facial e movimentos mais lentos. Ensinar-se a conviver com a condição envolve adaptação e conscientização sobre cuidados pessoais e terapia ocupacional.
A fisioterapia e a terapia ocupacional são fundamentais para manter a mobilidade e a independência dos pacientes. Destacar a importância dessas terapias enfatiza abordagens não farmacológicas essenciais no tratamento da doença. Em alguns países, como o Brasil, instituições especializadas e associações, como a Associação Brasil Parkinson, oferecem suporte e informação aos pacientes e familiares, promovendo o acesso a terapias complementares e grupos de apoio.
A estimulação cerebral profunda (ECP) é uma opção de tratamento neurocirúrgico para casos avançados da doença de Parkinson. Apesar de não ser uma cura ou impedir a progressão da doença, a ECP tem se mostrado eficiente no controle dos sintomas motores em pacientes que não respondem bem às medicações. A técnica envolve a implantação de eletrodos em áreas específicas do cérebro, recompensando a autonomia e a qualidade de vida dos pacientes. No entanto, esse procedimento cirúrgico deve ser considerado cuidadosamente junto com os médicos, devido aos potenciais efeitos adversos. Instituições reconhecidas internacionalmente, como a Clínica Mayo nos Estados Unidos, têm pesquisado novos protocolos para otimizar a segurança e os resultados da estimulação cerebral profunda.
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Quais são as estratégias de autocuidado para manter a qualidade de vida com Parkinson?
Manter uma rotina de atividades físicas regulares, como caminhadas e alongamentos, pode ajudar a preservar a mobilidade e prevenir a rigidez muscular. Alimentação equilibrada, hidratação adequada e acompanhamento nutricional também são essenciais para evitar perda de peso e enfraquecimento. Práticas de relaxamento, como meditação, e suporte emocional, seja por meio de grupos de apoio, amigos ou familiares, contribuem para uma melhor adaptação à rotina após o diagnóstico.
Como adaptar o ambiente doméstico pode beneficiar quem tem Parkinson?
Fazer adaptações simples no ambiente doméstico, como a instalação de barras de apoio no banheiro e corredores e o uso de tapetes antiderrapantes, pode proporcionar mais segurança e reduzir o risco de quedas. Móveis com cantos arredondados, boa iluminação e organização dos espaços facilitam a mobilidade e ajudam a preservar a independência. O acompanhamento de um terapeuta ocupacional é importante para adaptar as atividades cotidianas conforme as necessidades específicas de cada paciente, promovendo autonomia e conforto no cotidiano.
Em conclusão, embora a doença de Parkinson seja uma condição complexa e sem cura conhecida, a conscientização sobre seus múltiplos sintomas pode melhorar significativamente o manejo e a qualidade de vida dos que são afetados. A pesquisa contínua e o avanço no tratamento proporcionam esperança para um diagnóstico melhor e um maior controle sobre os sintomas associados a essa condição debilitante. Atualmente, eventos como o Dia Mundial da Doença de Parkinson, celebrado em 11 de abril, também contribuem para informar a sociedade e apoiar a busca por novas terapias e descobertas científicas.