Em uma medida histórica para a saúde e inclusão social, o presidente Lula (PT) sancionou na última terça-feira (23) o Projeto de Lei (PL) 3.010/2019, que reconhece oficialmente pessoas com fibromialgia como Pessoas com Deficiência (PcD). A nova legislação tem impacto direto na vida de milhares de brasileiros que convivem com a síndrome crônica.
O que muda com a nova lei?
A partir de agora, pessoas diagnosticadas com fibromialgia passam a ter acesso a políticas públicas voltadas às PcDs, como:
- Cotas em concursos públicos e processos seletivos;
- Isenção de IPI na compra de veículos adaptados;
- Possibilidade de atendimento prioritário em estabelecimentos e repartições públicas;
- Inclusão em programas sociais e de reabilitação específicos.
O que é a fibromialgia?
A fibromialgia é uma síndrome que causa dor generalizada crônica no corpo, fadiga, distúrbios do sono, alterações cognitivas e sensibilidade aumentada ao toque. Apesar de invisível, é uma condição que compromete severamente a qualidade de vida e dificulta atividades rotineiras.
Segundo estimativas, a condição afeta até 5% da população brasileira, sendo mais comum em mulheres entre 30 e 60 anos.

Por que a lei é tão importante?
Até então, pacientes com fibromialgia enfrentavam obstáculos para obter reconhecimento legal como PcD, o que limitava o acesso a direitos e benefícios. A nova legislação corrige essa lacuna e amplia a proteção social a um grupo que há anos luta por visibilidade e dignidade.
“É uma conquista para quem sofre em silêncio. A lei não tira a dor, mas oferece suporte e reconhecimento”, comentou uma representante da Associação Brasileira de Fibromialgia.
Como comprovar o direito?
Para acessar os benefícios da nova lei, o paciente deverá apresentar:
- Laudo médico comprovando o diagnóstico de fibromialgia;
- Relatórios que indiquem o grau de impacto funcional da condição;
- Documentação conforme exigências dos órgãos responsáveis por cada benefício.
As regras para a avaliação biopsicossocial e critérios técnicos serão detalhadas em regulamentação complementar.
Próximos passos
Com a sanção presidencial, o texto agora segue para regulamentação pelos ministérios da Saúde, dos Direitos Humanos e da Gestão, que deverão orientar estados e municípios quanto à implementação das novas medidas.
A expectativa é que, nos próximos meses, novas diretrizes sejam publicadas para garantir a aplicação da lei de forma ampla e justa.
Conclusão
O reconhecimento da fibromialgia como deficiência representa um avanço importante na luta por direitos e acessibilidade. A nova lei traz esperança e mais dignidade para milhões de brasileiros que enfrentam os desafios invisíveis dessa condição crônica.
Fique atento: atualizações sobre a regulamentação e o passo a passo para solicitar benefícios devem ser divulgadas em breve pelos canais oficiais do governo.