Pesadelos constantes não são apenas incômodos noturnos — eles podem estar ligados a riscos sérios de saúde. Um estudo britânico com 185 mil pessoas revelou que ter sonhos perturbadores semanais pode triplicar a chance de morrer antes dos 70 anos.
As análises, feitas por instituições como o UK Dementia Research e o Imperial College London, acompanharam crianças e adultos por até 19 anos, reforçando a relação entre pesadelos frequentes e saúde a longo prazo.
Por que o corpo reage de forma tão intensa a pesadelos recorrentes?
Durante um pesadelo intenso, o cérebro pode interpretar as ameaças do sonho como reais, ativando a resposta de “luta ou fuga”. Isso eleva os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, acelerando o envelhecimento celular.
Além disso, o sono profundo é prejudicado. Acordar várias vezes durante a noite impede que o corpo se regenere, comprometendo a saúde física e mental no longo prazo.
Sonhar toda semana é mais perigoso do que fumar ou ser sedentário?
Pesadelos semanais mostraram ser um indicador de mortalidade precoce mais forte do que tabagismo, má alimentação, obesidade ou sedentarismo. Isso surpreendeu os próprios pesquisadores.
Mesmo quem relatava sonhos ruins uma vez por mês já apresentava riscos elevados, sinalizando que a frequência, por menor que pareça, merece atenção.

Como evitar sonhos perturbadores e melhorar a qualidade do sono?
Adotar hábitos noturnos saudáveis é essencial para reduzir os pesadelos frequentes. Pequenas mudanças na rotina podem ajudar o cérebro a descansar com mais segurança.
- Evite conteúdo estressante antes de dormir (filmes, notícias, redes sociais)
- Estabeleça horários fixos para dormir e acordar
- Pratique atividades relaxantes antes de deitar, como meditação ou leitura leve
Quais tratamentos existem para lidar com pesadelos recorrentes?
Uma abordagem eficaz é a Terapia de Reelaboração de Imagens (IRT), que ajuda a modificar o enredo dos sonhos. Essa técnica é recomendada por especialistas em distúrbios do sono.
Se os pesadelos são persistentes, vale buscar avaliação médica. Um especialista pode investigar causas mais profundas, como ansiedade ou distúrbios neurológicos.
- Pesadelos não são apenas mentais — afetam o corpo como um todo
- Monitorar a frequência é o primeiro passo para prevenir riscos
Curiosidade: crianças que têm pesadelos frequentes entre 7 e 9 anos podem apresentar maior propensão a distúrbios psicológicos na fase adulta, segundo estudos paralelos da mesma pesquisa.