O Pix, sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central do Brasil, está ultrapassando fronteiras e se consolidando como uma solução prática também fora do país. A novidade tem animado turistas brasileiros, especialmente em destinos como Lisboa, Paris, Miami e Ciudad del Este.
Com o auxílio de fintechs intermediadoras, já é possível pagar compras no exterior com Pix, em reais, com conversão automática para a moeda local. O comerciante recebe o valor na hora — e o cliente escapa das taxas de cartão de crédito.
Como funciona o Pix fora do Brasil?
A operação internacional do Pix não depende de acordos entre governos. Ela é viabilizada por fintechs que conectam consumidores brasileiros a comerciantes estrangeiros. O processo é simples:
- O cliente escaneia um QR Code exibido pelo lojista;
- Faz o pagamento pelo app do banco brasileiro;
- A quantia é convertida automaticamente na moeda local;
- O comerciante recebe o valor instantaneamente, com uma taxa de serviço média de 3%.
A solução é econômica, transparente e segura — além de evitar taxas extras de câmbio ou IOF do cartão de crédito.
Onde o Pix já está sendo aceito no exterior?
O uso do Pix fora do Brasil ainda é restrito, mas já está em crescimento em cidades com grande fluxo de brasileiros:
- Paris (França): lojas como CityPharma, Fragrance de l’Opéra e Grey aceitam Pix com o apoio da fintech PagBrasil.
- Lisboa (Portugal): fintech Braza Bank permite pagamentos em reais com recebimento em euros.
- Ciudad del Este (Paraguai): uso inicial em comércios de fronteira.
- Miami (EUA): aceitação pontual em lojas voltadas a turistas brasileiros.
Outras fintechs, como VoucherPay, Eupago e Wipay, estão acelerando a expansão do serviço internacional.

Como o Pix está sendo usado na Argentina?
Na Argentina, o pagamento via Pix será integrado aos sistemas PosNet da Fiserv e dispositivos Clover, permitindo compras com QR Code diretamente em reais.
A conversão é automática, com IOF incluído na transação. Isso torna o Pix mais econômico do que o cartão de crédito para turistas brasileiros.
Outros países estão criando seus próprios “Pix”
Embora o Pix ainda não tenha regulamentação oficial para uso transnacional, seu sucesso está inspirando a criação de soluções semelhantes ao redor do mundo:
- Reino Unido: Faster Payments System;
- União Europeia: SEPA Instant Credit Transfer (SCT Inst);
- Estados Unidos: FedNow, lançado em 2023;
- Índia: UPI (Unified Payments Interface);
- Austrália: New Payments Platform (NPP).
Esses sistemas, como o Pix, funcionam 24 horas por dia e processam transferências em tempo real.
O que falta para o Pix ser 100% internacional?
O próximo passo é o projeto Nexus, do Banco de Compensações Internacionais (BIS), que visa integrar sistemas de pagamentos instantâneos globais. Quando implementado, permitirá que o Pix se conecte oficialmente a soluções de outros países, transformando-o em uma verdadeira plataforma de pagamentos globais.
O Pix é brasileiro, mas o futuro é global
Mesmo sem regulamentação internacional, o Pix já mostra sua vocação global. Através de soluções privadas e da alta demanda dos brasileiros no exterior, o sistema se consolida como referência mundial em eficiência e praticidade.
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