A criadora de conteúdo de saúde e bem-estar Marianna Magri chama atenção para um hábito cada vez mais comum: deixar o celular próximo durante o sono. Segundo ela, a exposição à luz azul e aos campos eletromagnéticos emitidos pelo aparelho prejudica a qualidade do sono, impedindo que o corpo atinja as fases mais profundas e restauradoras.
Dormir com o celular ao lado da cama pode parecer inofensivo, mas estudos apontam que a luz emitida pelas telas inibe a produção de melatonina, hormônio essencial para regular o sono. Além disso, notificações e vibrações constantes criam microdespertares que afetam a continuidade do descanso, mesmo que a pessoa não perceba.
Por que a luz azul do celular atrapalha o sono?
A luz azul, emitida por smartphones, tablets e televisores, interfere diretamente no ciclo circadiano, o relógio biológico do corpo. Quando essa luz é absorvida, especialmente no período noturno, o cérebro entende que ainda é dia e reduz a liberação de melatonina. Isso faz com que o sono demore mais para chegar e seja menos profundo.
Pesquisas da Harvard Medical School mostram que a exposição à luz azul duas horas antes de dormir pode suprimir a produção de melatonina em até 23%, comprometendo a qualidade do descanso e favorecendo distúrbios como insônia.
O que fazer para melhorar a qualidade do sono?
Marianna Magri recomenda que o celular seja deixado fora do quarto durante a noite. Essa prática simples ajuda o corpo a relaxar, reduz a ansiedade causada pelo excesso de estímulos digitais e evita a tentação de usar redes sociais antes de dormir.

Se for impossível manter o celular longe, uma alternativa é ativar o modo “Não Perturbe” e utilizar filtros de luz azul ou óculos com lentes específicas para bloquear essa radiação. Além disso, substituir o uso do celular por atividades relaxantes, como a leitura de um livro físico ou exercícios de respiração, pode melhorar a indução ao sono.
Quais são as consequências de um sono de má qualidade?
Um sono superficial e interrompido compromete diversas funções do organismo, como o equilíbrio hormonal, o sistema imunológico e a saúde mental. A privação de sono está ligada a maior risco de ganho de peso, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e declínio cognitivo.
Dormir bem é tão importante quanto manter uma boa alimentação e praticar atividade física. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), adultos devem dormir entre 7 e 9 horas por noite para garantir uma recuperação adequada do corpo e da mente.
Fonte oficial
Harvard Medical School – Blue Light and Sleep:
https://www.health.harvard.edu/staying-healthy/blue-light-has-a-dark-side