A psicóloga Andressa Leal aborda de forma simples e acessível como a rejeição é percebida pelo nosso cérebro. Segundo ela, quando somos rejeitados — seja em uma amizade ou em um relacionamento — o nosso corpo reage de maneira semelhante a quando sofremos uma dor física. Essa reação emocional intensa é um reflexo de como nossa mente foi moldada ao longo da evolução.
Para Andressa, entender esse mecanismo é fundamental para aprender a lidar melhor com sentimentos de tristeza e angústia que surgem após uma situação de rejeição. Assim como outras emoções, a rejeição ativa áreas cerebrais responsáveis pela sensação de dor, o que explica por que sentimos tanto quando alguém nos afasta ou nos desvaloriza.
Por que a rejeição dói tanto?
“Nosso cérebro entende que a rejeição é uma dor de verdade, porque ela ativa a mesma região cerebral que responde à dor física”, explica a psicóloga. Esse mecanismo vem dos nossos antepassados, que dependiam de viver em grupo para sobreviver. Ser rejeitado em uma tribo significava correr riscos sérios, como fome, ataques de predadores e isolamento.
Hoje, mesmo que a rejeição não represente um risco real de vida, o cérebro ainda interpreta essa situação como uma ameaça, o que explica a sensação de vazio e de dor emocional que sentimos.
Como lidar com a dor da rejeição?
Andressa Leal orienta que, ao sentir-se rejeitado, é importante lembrar que essa dor é uma reação natural do cérebro tentando nos proteger. Aceitar que essa emoção é parte da experiência humana ajuda a diminuir a autocrítica e a entender que ser rejeitado não define o nosso valor.

Uma boa estratégia é investir em autoconhecimento e autocuidado. Atividades como escrever sobre o que está sentindo, conversar com pessoas de confiança e buscar terapia podem auxiliar no processo de ressignificação dessas experiências.
A importância de compreender nossas emoções
Ao explicar conceitos de psicologia de forma didática, Andressa mostra que reconhecer como as emoções funcionam nos ajuda a lidar com elas de maneira mais saudável. Quando entendemos que a rejeição não é um reflexo direto de quem somos, mas sim uma circunstância natural da vida, conseguimos dar menos poder ao sofrimento e continuar a construir relações mais saudáveis e equilibradas.
Fontes confiáveis sobre saúde emocional
- Harvard Health Publishing – Emotional Pain and the Brain:
https://www.health.harvard.edu/mind-and-mood - American Psychological Association – Mental Health:
https://www.apa.org/topics/mental-health - Organização Mundial da Saúde – Mental Health:
https://www.who.int/health-topics/mental-health