A procrastinação é um problema que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e, segundo o médico Dr. Paulo Muzy (CRM-SP 115.573), uma das principais causas está na ausência de uma rotina bem estruturada. Para ele, a procrastinação não é apenas falta de força de vontade, mas sim uma consequência direta da ansiedade, que por sua vez surge quando o dia a dia não tem organização.
Com mais de 3 milhões de seguidores no Instagram, o especialista destaca que ter uma rotina clara é essencial para reduzir a ansiedade e aumentar a produtividade. “Procrastinação é consequência de ansiedade, e ansiedade é consequência da ausência de rotina”, explica Muzy.
Como a falta de rotina aumenta a procrastinação?
Quando não existe um planejamento definido para o dia, as tarefas tendem a ser adiadas ou executadas com baixa eficiência. Isso gera um ciclo de frustração e ansiedade, fazendo com que a pessoa se sinta incapaz de concluir suas metas. Segundo Dr. Paulo Muzy, o segredo está em assumir o controle do tempo, criando hábitos e horários para cada atividade.
Um dos métodos práticos sugeridos pelo médico é o uso de alarmes no celular para lembrar das tarefas importantes. “Pegue seu telefone, coloque uma série de alarmes das coisas que você tem que fazer no seu dia, e siga esses lembretes sem desculpas”, reforça.
Por que a ansiedade influencia na produtividade?
A ansiedade gera uma sobrecarga mental que dificulta a concentração. Quando há muitas tarefas acumuladas ou quando não se sabe por onde começar, o cérebro entra em estado de alerta, consumindo energia e dificultando a execução das atividades. Uma rotina organizada, por outro lado, reduz essa sobrecarga ao oferecer um caminho claro a seguir, diminuindo a chance de distrações.
Estudos publicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que a ansiedade é uma das principais causas de queda na produtividade global, afetando cerca de 264 milhões de pessoas em todo o mundo. A adoção de hábitos organizados, como horários fixos para acordar, trabalhar e descansar, pode reduzir significativamente esses efeitos.
Como criar uma rotina eficiente para combater a procrastinação?
Dr. Paulo Muzy sugere algumas estratégias simples e eficazes para estruturar uma rotina que ajude a vencer a procrastinação:
- Defina tarefas diárias realistas, organizando uma lista de prioridades.
- Use alarmes ou cronômetros para lembrar das atividades.
- Evite multitarefas, focando em concluir uma atividade antes de iniciar outra.
- Mantenha pausas programadas, evitando sobrecarga mental.
- Durma e acorde em horários regulares, fortalecendo o ritmo biológico.
A ideia não é encher o dia com obrigações, mas criar uma sequência de hábitos consistentes que reduzam o estresse e promovam o foco.
Qual a importância de virar o celular para baixo?
Um ponto curioso citado por Muzy é o hábito de virar o celular para baixo enquanto trabalha. Essa ação simples reduz as distrações causadas por notificações constantes. De acordo com pesquisas da Harvard Business Review, a checagem contínua do celular pode comprometer a concentração, exigindo até 20 minutos para recuperar o foco total após cada interrupção.

Como dar o primeiro passo para sair da procrastinação?
Segundo o especialista, o maior desafio não é criar a rotina, mas dar o primeiro passo. “Tira a sua bunda da cadeira e faz o que você tem que fazer”, enfatiza Muzy em seu tom direto. Essa abordagem lembra que a disciplina é construída com pequenas ações diárias, e não com grandes esforços ocasionais.
A dica é começar com metas simples, como organizar apenas uma parte do dia, e ir ampliando a rotina aos poucos. O importante é criar consistência, mesmo que de forma gradual.
Quando a procrastinação vira um problema maior?
É normal sentir preguiça ou desânimo em alguns momentos, mas quando a procrastinação se torna constante e começa a afetar o desempenho no trabalho, nos estudos ou na vida pessoal, pode ser um sinal de alerta. Nesses casos, é recomendável buscar ajuda profissional, seja com um psicólogo ou psiquiatra, para identificar se há condições como ansiedade crônica ou depressão.