Nos últimos anos, a hipertensão arterial, popularmente conhecida como pressão alta, tem despertado maior atenção de especialistas devido ao seu impacto silencioso na saúde. Recentemente, entidades cardiológicas na Argentina revisaram os limites para o diagnóstico e controle da pressão arterial. Para a cardiologista Dra. Mariana Silveira, “a hipertensão é uma doença que avança de forma discreta, e só com vigilância constante conseguimos prevenir suas consequências mais graves”.
- Novos limites de pressão arterial estabelecidos por pesquisadores argentinos.
- Importância da vigilância constante para prevenir complicações.
- Estratégias recomendadas para prevenir a hipertensão arterial.
Até 2024, o valor de referência para pressão arterial considerada controlada era de 14 por 9 (140/90 mmHg). Com base em novas evidências científicas, o limite recomendado foi reduzido para 13 por 8 (130/80 mmHg), representando uma mudança significativa na abordagem do tratamento e prevenção da hipertensão. O cardiologista Dr. André Lima ressalta: “Com limites mais rigorosos, aumentamos as chances de detectar a pressão alta mais cedo e de evitar eventos que podem ser fatais”. Assim, os novos limites estabelecem que a pressão arterial sistólica acima de 130 mmHg e diastólica acima de 80 mmHg são consideradas hipertensão.
O que motivou a mudança nos parâmetros da hipertensão arterial?
A decisão de redefinir o limite da pressão arterial baseou-se em análises clínicas e epidemiológicas atualizadas. A redução dos valores de referência pode contribuir para a diminuição de casos de infarto e AVC. Este ajuste destaca a necessidade de medidas mais rigorosas. Segundo a Dra. Mariana Silveira, o acompanhamento frequente é essencial para identificar alterações precoces e evitar complicações. O Dr. André Lima também destaca que essa alteração nos limites se mostrou eficaz em países que adotaram critérios mais rigorosos, como os Estados Unidos, contribuindo para a queda nas taxas de eventos cardiovasculares.
Como a pressão alta afeta a saúde da população?
A hipertensão é chamada de “assassina silenciosa” porque frequentemente não apresenta sintomas até surgirem complicações graves. Muitas pessoas desconhecem que têm pressão alta, o que aumenta riscos de insuficiência renal e ataques cardíacos. “Muitos pacientes descobrem a doença apenas após sofrerem eventos graves, por isso insistimos tanto na vigilância”, enfatiza a cardiologista Dra. Mariana Silveira.

Quais as principais estratégias recomendadas para prevenir a hipertensão arterial?
A prevenção depende da detecção precoce e adoção de hábitos saudáveis. Consultas regulares e um estilo de vida equilibrado são cruciais para reduzir riscos associados à hipertensão. Conforme alerta a Dra. Mariana Silveira, manter uma rotina de exames periódicos e controlar fatores de risco é o melhor caminho para evitar complicações futuras. O Dr. André Lima reforça que, com os novos limites, pequenas alterações nos indicadores já exigem atenção e acompanhamento médico sistemático. Novas diretrizes sugerem, inclusive, a ampliação do uso de dispositivos digitais para monitoramento domiciliar, como esfigmomanômetros eletrônicos, auxiliando na detecção precoce e no controle da pressão.
- Alimentação balanceada: Priorizar frutas, verduras e reduzir sal.
- Atividade física: Exercícios regulares ajudam no controle da pressão.
- Evitar o tabagismo: O cigarro aumenta o risco de doenças cardiovasculares.
- Limitar o consumo de álcool: O consumo excessivo de álcool pode elevar a pressão arterial.
Qual é o impacto do novo limite na saúde pública?
O ajuste no valor de referência incentiva a identificação precoce e tratamentos mais rigorosos, reduzindo complicações graves. Campanhas educativas e acesso a exames de rotina são essenciais para diminuir a mortalidade. A mudança no critério de diagnóstico amplia o número de pessoas identificadas e tratadas precocemente, como observa o Dr. André Lima, tornando-se um horizonte mais promissor no combate a doenças cardiovasculares.
O governo brasileiro implementa iniciativas no Sistema Único de Saúde (SUS) para melhorar o cuidado com hipertensos, investindo em campanhas e disponibilizando medicamentos gratuitos na Farmácia Popular, como medicamentos anti-hipertensivos, incluindo captopril e hidroclorotiazida.
Estima-se que 30% da população adulta na Argentina sofra de hipertensão, o que destaca a relevância do problema de saúde pública abordado.
Como os novos limites podem melhorar a qualidade de vida em 2025?
- A redução dos limites visa prolongar e melhorar a qualidade de vida.
- Escolhas saudáveis e acompanhamento médico são essenciais.
- A vigília constante se traduz em prevenção de eventos fatais.