Leite inflamação e emagrecimento é um dos temas que mais geram dúvidas, e o Dr. Bruno Monteze (CRM 160179 / RQE 58317, Instagram @drmonteze) traz uma posição contundente: ele não recomenda o consumo de leite, especialmente para quem deseja perder peso e regular o apetite. Segundo ele, o leite é uma caloria líquida que pode comprometer a saciedade e dificultar o emagrecimento.
O médico afirma que o ideal é consumir apenas água, chás e café sem calorias ao longo do dia, evitando qualquer bebida com valor energético. Além disso, ele alerta para efeitos colaterais do leite como distensão abdominal, produção de muco e sintomas intestinais, principalmente em pessoas sensíveis à caseína e lactose.
Por que o leite pode prejudicar o processo de emagrecimento?
O leite, mesmo sendo nutritivo, é uma bebida calórica. Isso significa que seu consumo frequente, especialmente fora das refeições, pode atrapalhar a regulação do apetite. Calorias líquidas tendem a passar despercebidas pelo corpo, não gerando a mesma saciedade que alimentos sólidos.
Dr. Monteze recomenda que quem busca emagrecer elimine bebidas calóricas da rotina e ensine o corpo a se hidratar com líquidos sem energia. Ele defende que, ao retirar leite e similares, o organismo aprende a diferenciar fome real de hábito alimentar, facilitando o controle do peso.
Quais efeitos o leite pode causar em pessoas sensíveis?
O leite é composto por dois elementos que podem gerar desconforto em muitas pessoas: a lactose e a caseína. A lactose, um tipo de açúcar, pode causar gases, inchaço e distensão abdominal em quem tem intolerância. A caseína, uma proteína, está ligada a respostas inflamatórias em pessoas alérgicas ou com sistema imune sensível.

Segundo o especialista, a caseína também pode agravar sintomas de rinite, obstrução nasal e aumento de muco, além de estar relacionada a disbiose intestinal. Em alguns casos, pode inclusive atuar como gatilho em doenças autoimunes.
Existe forma segura de consumir derivados do leite?
Sim. Para quem não deseja excluir totalmente os laticínios, Dr. Monteze sugere optar por queijos curados, como parmesão, provolone ou grana padano. Esses produtos passam por um processo de fermentação e maturação que reduz significativamente a lactose e melhora a digestibilidade da caseína.
Esses queijos têm menos impacto no intestino e, por possuírem concentração proteica mais alta, podem ser consumidos com moderação sem causar os mesmos efeitos de um copo de leite in natura. Ainda assim, o ideal é observar a resposta do corpo a cada alimento.
O leite é inflamatório para todas as pessoas?
Nem todas. O leite não é inflamatório por si só, mas pode provocar reações em organismos sensíveis. De acordo com instituições de saúde, o consumo de laticínios é seguro para a maioria das pessoas, mas é preciso avaliar individualmente sintomas como inchaço, acne, congestão nasal ou diarreia após a ingestão.
Dr. Monteze chama a atenção para esses sinais, reforçando que o corpo dá pistas sobre o que tolera ou não. A exclusão de alimentos suspeitos pode ser uma estratégia de investigação para melhorar a qualidade de vida.
O que priorizar no lugar do leite?
A recomendação é clara: priorizar líquidos sem calorias. A água deve ser a base da hidratação. Chás naturais e café sem adoçantes também são bem-vindos. Essas escolhas contribuem para regular o apetite, reduzir o consumo calórico e manter o foco no emagrecimento.
No lugar de leite em vitaminas ou receitas, pode-se usar água ou bebidas vegetais sem aditivos, sempre com moderação. O importante é garantir que cada caloria ingerida tenha valor nutricional real e contribua para o objetivo de saúde.
Fontes oficiais consultadas
- Ministério da Saúde (Brasil): www.gov.br/saude
- Organização Mundial da Saúde (OMS): www.who.int
- National Institutes of Health (NIH): www.nih.gov
- Harvard School of Public Health: www.hsph.harvard.edu