Imunobiológicos para asma grave são tratamentos avançados indicados quando os sintomas persistem mesmo com o uso de medicações inalatórias apropriadas. O Dr. Wanderson Pereira esclarece que medicamentos como omalizumabe, mepolizumabe e benralizumabe atuam diretamente contra a inflamação alérgica, reduzindo crises, uso de corticoide oral e melhorando a qualidade de vida. Esses imunobiológicos agem de forma específica e não substituem a base do tratamento inalatória, mas complementam de forma eficaz em casos graves.
Eles são recomendados apenas após avaliação individualizada com pneumologista. Quando indicados corretamente, podem transformar o controle da asma em pacientes para os quais os tratamentos convencionais não foram suficientes.
O que são os imunobiológicos e como funcionam na asma?
Os imunobiológicos são medicamentos injetáveis que atuam direcionados ao sistema imunológico, bloqueando mediadores da inflamação, como a imunoglobulina E ou interleucinas específicas envolvidas na patologia da asma. Essa terapia de precisão reduz frequência e intensidade das crises alérgicas e diminui a necessidade de corticosteroide oral, uma das principais preocupações em casos graves.
Quando considerar o uso de imunobiológico na asma?
São indicados em casos nos quais a asma não está controlada apesar do uso adequado de medicações inalatórias como budesonida, formoterol, fluticasona ou outras combinações disponíveis. A persistência de sintomas exacerbados, crises frequentes e dependência de corticoide oral são sinais de que o tratamento deve ser avaliado para possível inclusão do imunobiológico.
Como saber se sua asma é grave?
Definir a gravidade da asma exige avaliação médica especializada. Não se baseia apenas em exames como espirometria ou tomografia, mas sim em entrevistas detalhadas com o pneumologista. É nesse momento que se identifica se a asma requer avançar para terapias mais sofisticadas, como os imunobiológicos.

Os imunobiológicos substituem a medicação inalatória?
Não. Essas terapias são consideradas complementares. A medicação inalatória base permanece ativa e deve ser mantida conforme prescrição médica. O imunobiológico é um suplemento ao tratamento, não um substituto, atuando como aliado para controlar inflamação persistente e reduzir necessidade de corticoides sistêmicos.
Como são administrados os imunobiológicos?
Trata-se de injeções, geralmente subcutâneas, aplicadas em intervalos determinados pelo médico. Algumas medicações são administradas em casa após treinamento, outras em ambiente clínico. A frequência varia conforme o tipo de imunobiológico e protocolo indicado, podendo ser mensal ou a cada duas semanas.
Existe acesso público a esses medicamentos?
Sim. Alguns imunobiológicos já estão disponíveis por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) ou por planos de saúde, mediante prescrição médica e critérios estabelecidos em protocolos clínicos. Isso permite que pacientes com asma grave possam acessar esses tratamentos de forma gratuita ou compatível com seu convênio.
Os imunobiológicos têm efeitos colaterais?
Em geral, são bem tolerados. Podem ocorrer reações leves no local da injeção, como vermelhidão ou dor momentânea. Reações alérgicas graves são muito raras. A principal vantagem é reduzir a dependência de corticoide oral, que traz efeitos colaterais importantes a médio e longo prazo.
Qual o benefício real na qualidade de vida?
Além de reduzir crises e uso de corticoide, o tratamento com imunobiológico melhora o sono, diminui a fadiga e traz mais segurança para atividades físicas e sociais. A pessoa com asma grave passa a ter menos interrupções no dia a dia e maior chance de viver sem medo das crises respiratórias.
Fontes oficiais consultadas
- Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT): www.sbpt.org.br
- Ministério da Saúde (Brasil): www.gov.br/saude
- Organização Mundial da Saúde (OMS): www.who.int
- Diretrizes Brasileiras para Manejo da Asma: www.sbpt.org.br/manuais