O tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil está previsto para entrar em vigor e já preocupa o setor de alimentação fora do lar. Produtos chave da exportação brasileira, como café, carnes e pescados, podem sofrer aumento de preços significativos. Além disso, o anúncio das medidas por parte do governo norte-americano gerou repercussão imediata em mercados como São Paulo e no setor produtivo do agronegócio nacional.
Os Estados Unidos são um dos principais destinos das exportações brasileiras de café, carne e suco de laranja, representando aproximadamente 15% das vendas externas de café, 20% das exportações de carne e 10% do suco de laranja. Essa dependência reforça o impacto potencial do tarifaço na economia nacional.
- Impacto direto no mercado interno e preços dos alimentos.
- Possíveis aumentos no cardápio de restaurantes e bares.
- Projeção de uma recessão econômica afetando toda a cadeia produtiva.
Como o tarifaço afeta o mercado interno?
O tarifaço norte-americano ameaça aumentar o custo de produtos fundamentais para as exportações brasileiras. Isso implica em uma pressão sobre os preços internos de produtos como café, carnes e suco de laranja.
Por serem itens de grande consumo, o impacto no preço final dos cardápios de restaurantes e bares pode ser significativo, chegando a até 10% de aumento, conforme estimativas do setor. Ainda, cidades turísticas como Rio de Janeiro poderão sentir um efeito mais direto nos bares e restaurantes locais.

Quais os efeitos no setor de suco de laranja?
Os Estados Unidos dependem significativamente do suco de laranja brasileiro, sendo o Brasil responsável por 10% das exportações desse produto para os EUA. As tarifas podem aumentar o preço do suco no mercado americano, reduzindo sua competitividade e impactando a indústria de suco de laranja no Brasil. Empresas como Cutrale já estão revendo suas estratégias de distribuição frente a este novo cenário.
E quanto aos preços do café e das carnes?
Segundo o Cepea, o café pode enfrentar uma redução de até 30% na produção para exportação, o que é uma projeção baseada no impacto potencial das tarifas, refletindo em um aumento interno de 6%. As carnes bovina e suína também poderão ter os preços ajustados para cobrir custos.
Atenção: Esses ajustes afetam não apenas o consumidor, mas toda a cadeia produtiva, desde o agronegócio até o consumidor final. Agricultores de regiões como Minas Gerais e Paraná já manifestam preocupação com a possível dificuldade de manter a exportação nesses novos termos.
Pode haver recessão? Quais estratégias podem ser adotadas?
Com a perspectiva de uma recessão, é crucial que estratégias diplomáticas sejam adotadas para mitigar os efeitos do tarifaço. Pesquisadores do Cepea enfatizam a necessidade de uma ação estratégica em defesa dos interesses nacionais. Integração entre órgãos como o Itamaraty e associações do agronegócio pode ser fundamental para buscar novas oportunidades de mercado, especialmente na União Europeia e na Ásia.
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O que esperar diante dos impactos previstos?
- Aumento esperado no preço dos alimentos em até 10%.
- Importância de ações diplomáticas para minimizar os danos.
- Preparação para um cenário potencial de recessão econômica.