Starlink iniciou, em 31 de julho, a disponibilização do seu serviço direct-to-cell, que promete eliminar as zonas mortas de cobertura móvel em todo o mundo. Este serviço inova ao permitir que equipamentos compatíveis acessem mensagens de texto, chamadas e internet em qualquer lugar. Atualmente disponível em alguns países fora da União Europeia, este serviço será gratuito para clientes de operadoras parceiras da Starlink.
- Conectividade global em regiões remotas;
- Parcerias estratégicas com grandes operadoras mundiais;
- Expansão e desafios na entrada na União Europeia.
Como funciona o serviço Direct-to-Cell?
Os satélites Starlink direct-to-cell possuem um modem eNodeB integrado, funcionando como uma torre de celular no espaço. Isso permite que smartphones existentes se conectem à rede sem necessidade de nenhuma modificação de hardware ou software. A integração é semelhante a um roaming tradicional, proporcionando acesso contínuo a texto, voz e dados. Recentemente, algumas operadoras começaram a testar soluções de handover dinâmico utilizando inteligência artificial para melhorar a experiência do usuário durante a transição entre redes terrestres e satélites em áreas urbanas.
Por que o serviço ainda não está disponível na União Europeia?
Embora a tecnologia já exista, a prestação do serviço na Europa enfrenta desafios regulatórios. A ANACOM confirmou que o sucesso do serviço depende das ofertas comerciais das operadoras de telecomunicações via satélite. Adicionalmente, questões técnicas, como interferências em zonas transfronteiriças, são mais complexas devido à diversidade de fronteiras e regulamentos nos países europeus. Assim, Portugal aguarda a regulamentação europeia. Vale citar que a Comissão Europeia realizou audiências públicas em 2024 para acelerar o processo de integração de serviços móveis via satélite no continente.

Quais dispositivos são compatíveis com o serviço?
O Starlink direct-to-cell já é suportado por uma vasta gama de smartphones populares, estando preparados para quando o serviço se expandir. Segundo o site TNH1, os modelos incluem:
- Apple iPhone 13, Apple iPhone 14, Apple iPhone 15, Apple iPhone 16 e suas variantes;
- Google Pixel 9 Series;
- Motorola modelos de 2024 e Motorola modelos de 2025;
- Samsung Galaxy A Series e Samsung Galaxy S Series, e Samsung dobráveis Z;
- T-Mobile REVVL 7 Series.
Quais países já têm acesso ao serviço?
Até agora, os Estados Unidos e diversos países, como Austrália, Canadá, Japão e Chile, já dispõem do serviço através de parcerias estratégicas com operadoras locais. Na Europa, Suíça e Ucrânia já beneficiam do serviço, embora não integrem a União Europeia. Recentemente, a Argentina e o México também anunciaram acordos iniciais para testar e implementar a solução em áreas de difícil acesso.
Como o Direct-to-Cell pode influenciar o futuro da conectividade?
- O serviço direct-to-cell da Starlink promete revolucionar a comunicação móvel global, ao eliminar zonas sem cobertura.
- A parceria com grandes empresas de telecomunicações apoia a expansão e acessibilidade do serviço.
- A União Europeia ainda avalia como integrar tecnicamente e regularizar esse novo modelo.