como diagnosticar síndrome do intestino irritável segundo Rome IV é uma pergunta frequente que Dr. Elio Castro responde com clareza. Ele destaca que a dor abdominal recorrente é indispensável para definir esse transtorno funcional. Outros sintomas como diarreia ou constipação só entram no diagnóstico se acompanharem a dor.
O profissional explica que os critérios atuais são fruto das diretrizes Rome IV, amplamente reconhecidas por organizações internacionais e adotadas em protocolos clínicos. Esses critérios ajudam a diferenciar a síndrome de outras doenças gastrointestinais e prevenir diagnósticos incorretos.
Qual sintoma define a síndrome do intestino irritável?
Para ser diagnosticado, o paciente deve apresentar dor ou desconforto abdominal pelo menos 1 dia por semana, nos últimos 3 meses, com início há ao menos 6 meses atrás. Essa dor é o elemento central que diferencia a síndrome de outras condições gastrointestinais.
Quais outros critérios associados precisam estar presentes?
Além da dor, o paciente deve atender dois dos três critérios a seguir durante esse período: a dor melhora com evacuação; há alteração na frequência das fezes (mais ou menos que o habitual); ou mudança na consistência das fezes (mais líquidas ou mais duras). Esses detalhes consolidam o diagnóstico conforme os critérios de Rome IV.
Quando suspeitar de outra condição?
Se não houver dor abdominal como sintoma principal, mesmo com diarreia ou constipação, é necessário investigar outras causas. Sintomas de alarme como sangramento, perda de peso, anemia ou febre obrigam exames complementares para excluir doenças orgânicas. Em pacientes acima de 50 anos, a colonoscopia é indicada para descartar condições mais graves.
Como diferenciar os subtipos do intestino irritável?
A síndrome pode variar entre diarreia predominante (IBS‑D), constipação (IBS‑C) ou padrão misto (IBS‑M). A análise da consistência das fezes com a escala de Bristol ajuda a identificar esses tipos e guiar o tratamento adequado.

Quando buscar avaliação médica?
Se você apresenta dor abdominal regular com alterações na frequência ou forma das fezes, e isso persiste por meses, é hora de consultar um gastroenterologista. Mesmo sem exames alterados, esse tipo de sintoma justifica diagnóstico e tratamento precoce.
Como é feito o tratamento após o diagnóstico?
O tratamento envolve mudanças na dieta (como dieta low‑FODMAP), uso de fibras solúveis, modulação da microbiota com probióticos e, em alguns casos, uso de medicamentos como antidepressivos em doses baixas para aliviar a dor visceral. A abordagem inclui orientação nutricional e suporte emocional.
Fontes oficiais consultadas
- Rome Foundation – critérios Rome IV para diagnóstico da síndrome do intestino irritável
- Sociedade Brasileira de Gastroenterologia (SBG): www.sbg.org.br
- Ministério da Saúde (Brasil): www.gov.br/saude
- Organização Mundial da Saúde (OMS): www.who.int