Febre em crianças valor atual e quando medicar é uma dúvida comum entre pais. A Dra. Mariana Mello, pediatra e neonatologista, destaca que a Sociedade Brasileira de Pediatria atualizou o parâmetro: agora a febre passa a ser considerada a partir de 37,5 °C, e não mais de 37,8 °C como era tradicional. Essas medidas servem melhor para orientar quando observar ou medicar.
Ela reforça que a febre não é inimiga: é uma resposta imunológica do corpo da criança para combater microorganismos. A decisão de medicar deve considerar o nível de desconforto, não apenas a temperatura em si.
Quando a febre realmente exige atenção?
Febre é uma elevação da temperatura corporal, mas o que realmente importa é se a criança está desconfortável, irritada, sonolenta ou recusando alimentos. Se ela mantém atividade, brinca e come normalmente, não é necessário medicar apenas pela temperatura isolada. É o comportamento e a aparência clínica que definem a necessidade de antitérmico.
Quanto tempo ou qual temperatura meritória de buscar ajuda?
Para bebês abaixo de três meses, qualquer febre deve ser avaliada em pronto‑socorro. Também, se a febre persistir por mais de três dias, mesmo que esteja abaixo de 38 °C, é importante buscar orientação pediátrica. Isso ajuda a descartar infecções mais graves ou condições que exigem acompanhamento.
O que evitar ao lidar com febre infantil?
Evite banhos frios ou compressas geladas, especialmente se organizar provocar desconforto ou choro. Também não é recomendado acordar a criança durante a noite apenas para medir a febre. Intercalar antitérmicos (como paracetamol e ibuprofeno em horários diferentes) não é mais prática recomendada; isso pode prejudicar a segurança do tratamento sem benefício comprovado.

Quando usar antitérmico nesses casos?
O antitérmico deve ser usado apenas se a criança apresenta desconforto significativo – como dor, irritação ou falta de apetite – e nunca apenas por causa do termômetro. A escolha da medicação, dose e frequência deve ser feita pelo pediatra, considerando idade, peso e condições clínicas da criança.
Como os pais podem acompanhar a febre com segurança em casa?
Observar sinais clínicos como irritabilidade, alteração no brincar, ingestão e sono é mais confiável do que medir a temperatura a cada hora. Indicadores como menor energia, choro excessivo, recusa alimentar ou dificuldade de urinar são sinais que merecem atenção. Registrar horários e padrão da febre também ajuda no monitoramento e na avaliação para o pediatra.
Fontes oficiais consultadas
- Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP): www.sbp.org.br
- Ministério da Saúde (Brasil): www.gov.br/saude
- Organização Mundial da Saúde (OMS): www.who.int